A unidade na diversidade

“Igualdade é tratar os desiguais com desigualdade”, essa é uma frase que deveria ser usada somente quando o assunto fosse o Direito Penal; mas, infelizmente, não tem sido isso que acontece no nosso dia-a-dia: diferenciar para classificar, classificar para excluir, excluir para se valorizar e valorizar-se para mostrar-se melhor que seu semelhante, esse é o sentido inverso do normal, ou seja, do natural.

Passa-se por um momento em que a classificação de seres humanos para diferenciar tem se tornado a tônica, diferencia pobre de rico, homem de mulher, negro de branco, entre outros.

Esta política já provou ser bastante confusa, haja vista que até os mecanismos governamentais acabam por não se entenderem, exemplo disso foi a recente classificação de dois irmãos gêmeos (Alan e Alex) de forma diferente, a fim de diferenciar negro e branco na busca por uma vaga na universidade.

Não se deve esquecer que o povo brasileiro é constituído pela mistura de raças, e não só as básicas (negro, índio e branco), a nossa marca é a diversidade e ela deve ser respeitada, pois cada um tem o seu valor e a sua importância.

O Brasil deve procurar criar políticas que visem a diminuir a distância que existe entre o que se fala e o que é realmente praticado, não se diferencia através de leis, deve-se unir pela nossa formação, pela cultura e pela informação, respeitando acima de tudo a diversidade.

Então, far-se-á a luz na escuridão do preconceito.

Aparecido Cipriano – ENEM 2007