O Desafio da Escola Transformadora

Os educadores deste tempo têm vários desafios e talvez o maior deles seja a adaptação ideológica e pedagógica necessária para a contemporaneidade.

A escola, por vezes, colabora erroneamente com o cultivo de preconceitos e ideais obsoletos que o educador ou o jovem traz de casa para a sala de aula e para sua vida, através do despreparo ao lidar com algumas questões específicas desta geração.

O filósofo Platão já dizia em seu tempo "Os mais velhos são os corruptores da educação", mas quando falamos de juventude nesse caso, não nos remetemos apenas ao tempo de vida, mas ao preparo pedagógico, ideológico e político que o educador precisa ter para poder enfrentar da melhor maneira os desafios atuais da sociedade (de ordem social, política, moral e religiosa). Um bom educador aprende a ser jovem para sempre, a ter capacidade e coragem de trazer à tona assuntos polêmicos, porém de extrema importância na construção de um cidadão bem educado, tópicos como a identidade de gênero, o racismo, a homofobia e o feminismo, presentes hoje na vida do jovem trans, negro, homossexual e da mulher, e que a família, em grande maioria, não sabe lidar com necessária sabedoria, seriedade e aceitação. Um professor precisa quebrar, com respeito ao desenvolvimento cognitivo do jovem em sua idade, paradigmas retrógrados e preconceituosos das gerações passadas, que são perpetuados pela família e pelos mais velhos.

Desta forma, a escola deve assumir uma posição central na criação social e educacional de jovens livres e críticos, sem correntes e sem mordaça, com educadores atualizados e preparados para auxiliar uma juventude rápida e forte, e que se sente pressionada, apedrejada e incompreendida. Uma geração de informação, arte, gênero, cor e sexo.