Porque Hoje As Pessoas Não Conseguem Imaginar A Própria Vida?

O falso moralismo que toma as rédeas do mundo capitalista tem levado as pessoas a se refugiarem em seus próprios mundos, realidades paralelas, irrealidades para ser mais preciso, onde o indivíduo que tem por natureza egocêntrica a necessidade de auto-afirmação, incorpora valores mecânicos em sua existência, refletindo o pensamento linear-patriarcalita definido por Maturana.

A ótica Capitalista do “dever ser” exprime bem a necessidade de adequação a um “padrão moralista”, pois, pela lógica do terceiro excluído, ou o indivíduo se adequar ao meio, ou é eliminado. Nasce daí a figura do Herói pós-moderno, exemplo do consumismo gregário de nossa época, mister do marketing das grandes grifes, salvação dos blogueiros e paparasos de plantão: passa tempo do povão ( massa de todos os tipos, de todas as classes, há mesmo uma massificação social - primeiro, segundo e terceiro estados de mãos dadas em mais uma revolução).

Há a necessidade de uma revisão de conceitos, a ótica míope do Recorte de Okman, age todos os dias nas mentes das pessoas; Hospedeiros acríticos fagocitam memes carregados de consumismo, massificação de conceitos, estas concepções cognitivas influenciam nossas percepções, conseguinte nossa visão de mundo, que passa a se deturpar da verdadeira faceta da realidade.

Contudo, para o indivíduo de hoje, envolvido por todas essas influências supracitadas, é mais fácil criar dimensões paralelas de sua existência, ou simplesmente copiar exemplos (no caso maus exemplos); fica evidente que o Just Time (tempo justo) ícone da correria do mundo capitalista, tem levado as pessoas a deixarem de lado a auto-reflexão dos antigos, esta que poderia ser a guinada desse abismo sem fundo, assim sendo, cabe a Filosofia tomar para si a responsabilidade da implementação de um novo modelo contemplativo.

Michel Julierme Inácio Almeida
Enviado por Michel Julierme Inácio Almeida em 10/09/2007
Reeditado em 11/09/2007
Código do texto: T646103