UM ACIDENTE INESPERADO MAS COM FINAL FELIZ

Rio de Janeiro, Segunda-feira, 15 de Outubro de 2018

O sítio de meus tios Antonio e Ascindina também era grande. Havia nele muitas fruteiras. E num dos dias que estávamos lá juntos com os primos, um deles inventou de tirar uma jaca madura do pé. Até aí, tudo muito bem. Então um deles buscou uma cordinha, e meu primo Sérgio subiu na jaqueira para retirá-la.

Ao chegar onde a fruta se encontrava, ele amarrou a cordinha no talo da mesma, pedindo que alguém que estava segurando a outra ponta dela, no solo, fosse deixando-a deslizar, pendurada no tronco, vagarosamente.

Lembro bem que era uma jaca de bom tamanho, daquelas que chamamos "mole". E estava muito madura. E a operação seguiu em frente, com o deslizamento da mesma através do tronco e da cordinha, nos deixando ansiosos para que aquela operação terminasse e pudéssemos nos deliciar com aquela fruta gostosa.

Só que nenhum de nós contou com o inusitado. Por infelicidade, meu primo não havia amarrado a cordinha no talo da jaca de forma perfeita, bem apertado. Com isso, ao atingir o meio do percurso, digamos que ainda faltasse uns três ou quatro metros para o fim da operação, a cordinha soltou-se da jaca e esta espatifou-se embaixo, no solo.

Era um chão arenoso, cheio de folhas secas e pequenos galhos. E assim, a fruta esborrachou-se toda, misturando terra com folhas secas, mas que nenhum de nós se abateu por isso. De uma forma quase orquestrada, caímos sobre a jaca toda espatifada no chão, e a devoramos ali, sem nenhuma culpa ou arrependimento. E ainda a brincadeira rolou entre todos, nos fazendo morrer de rir do acontecido.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 15/10/2018
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