A fácil opção pela esquerda é inquestionável?

A FÁCIL OPÇÃO PELA ESQUERDA É INQUESTIONÁVEL?

Miguel Carqueija

Nota: o pequeno texto abaixo foi redigido quando eu era bancário e saiu no boletim artesanal "Curto e fino" n° 18, de 17 de dezembro de 2001, e aborda o tema da politização dos sindicatos, uma prática nefasta, pois sindicato tem que ser suprapartidário.

O caso da cantora mexicana Gloria Trevi reflete bem o estado de deterioração moral em que se encontram as instituições do Brasil. Como podem falar em extraditar a jovem, se em seu ventre está um brasileiro nato? E por que se omite o Presidente da República? E por mais que se fale no fim da Era Vargas, irá FHC repetir Getúlio, que expulsou Olga Benário grávida, entregando-a aos nazistas?

E por falar nisso onde é que estão as organizações ditas de “esquerda”, que se presumem monopolistas da oposição? Vale a pena levantar essa questão porque a conivência da esquerda socialista (PT) com a esquerda liberal (governo FHC) manifesta-se de diversas maneiras... como nesses acordos rebaixados que a Comissão da Empresa aceita. E a Comissão da Empresa, como em geral o movimento sindical bancário do país, é braço do PT.

Você que é trabalhador, sindicalizado ou não, já parou para se perguntar porque os sindicatos tem que fazer política partidária, e especificamente por que o Sindicato dos Bancários parte da premissa de que todos nós temos de ser petistas?