Consciência ecológica

Se mudar é preciso e emergente, por que não começar desde cedo?

É um dos questionamentos que me preocupa e com certeza incomoda aqueles que verdadeiramente estão ocupados na busca de mudanças significativas para a nossa sociedade.

Um dos principais objetivos é a preservação do nosso planeta que rapidamente está destruindo-se, retificando: a natureza não extermina a si própria, o homem sim, é quem a está fulminando-a com seus hábitos pensados e impensados.

A todo o momento e diante de qualquer acontecimento, poderemos através das lições no nosso cotidiano, consequentemente, pensar em soluções.

Estava preparando um café para o lanche de minha família e subitamente meu neto apareceu eufórico mostrando-me seu novo brinquedo. Naquele momento meu instinto de proteção entrou em ação e ainda tentei freá-lo para que não se encostasse ao bule. Não evitei o toque do seu dedinho e a dor. Felizmente, não passou de um susto e de um dedo vermelho. Após dar as devidas atenções, prontamente, procurei transformar o ocorrido em aprendizado e enfatizar o “dodói”:

- Você não deve chegar assim, quando a vovó estiver no fogão. É perigoso! Você poderá se machucar feio. Dói muito, não é?

Ele ficou olhando para seu dedo e balançou a cabeça afirmativamente.

- Você sabia que os bichinhos, as plantas, sentem dor também, quando a floresta pega fogo?

- Faz “dodói”?

- Claro que sim, você não chorou?

- Dói mesmo, muito.

- Então, tudo sofre, e depois morre.

Procurei depois desconversar pois sei que ele não entende direito ao que me referia, pois está com apenas três anos , mas já é uma forma de começar a inserir valores em sua cabeçinha no que diz respeito a consciência ecológica. Por isso afirmo e defendo:

É preciso começar bem cedo a plantar essa semente. O quanto antes melhor.

Maria Eugenia – 03/10/2007.