Acorrentado

Senti que o vento sorria, desviando-me dos raios do sol,manipulei a barreira do som.Senti que o sentido não tinha efeito, embriaguei-me nas palavras, sacie dos acentos, nada mudou.As palavras se chocavam em um zunido enturdecedor no destino de uma escrava nação.

Senti ao ouvir ( o choro )

Senti ao vêr ( o grito )

Senti que senti que nada fiz ( zumbi )

A burguesia ainda tomando conta ( politicos )

Apontando contas de uma, humana falência ( salário )

Que do desemprego e ao bolso do operário,vive a real tristeza toda família da classe social menos favorecida de não ter o que comer e em uma devassa agonia.

E mesmo assim, nada fiz, novamente ( zumbi )

Sou patrióta, sou brasileiro! Sou feliz??

Sudito relegado,com a fúria do tempo, buscando no silêncio, a força de um sopro de esperança num Brasil por vir.

O povo já de tanto sofrer e no seu cansaço aguarda gradativamente sem ação(literalmente) em um fino e púrpuro xadrez dos dias em aberto...

Mirão da Estrada
Enviado por Mirão da Estrada em 05/10/2007
Código do texto: T681110
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