Cannabis medicinal: a era da medicina verde.

Recentemente a Anvisa aprovou a comercialização do canabidiol, um dos princípios ativos da Cannabis sp., para comercialização e uso terapêutico. Aos poucos, as indústrias farmacêuticas e a comunidade científica no mundo inteiro vem dando atenção especial às potencialidades dos canabinoides como fármacos. Inúmeros estudos demonstram as notórias atividades farmacológicas destes compostos, que associado ao baixo custo e baixa toxicidade (efeitos adversos menores que demais medicamentos), tornam-se compostos promissores para uso medicinal. Algumas atividades associadas são anti-ansiolítica, antidepressiva, anti-convulsivante, analgésica, tratamento de distúrbios alimentares e do sono e pasmem, até antiviral e antimicrobiana! Contudo, há de se distinguir o uso terapêutico da Cannabis sp. do uso recreativo e principalmente do uso abusivo. Vale salientar que a Cannabis é utilizada como entorpecente. Seu uso abusivo está relacionado a diminuição da memória e outros danos ao sistema nervoso, além de causar dependência química que pode gera quadros psicóticos. O uso contínuo, segundo especialistas, pode ser um grande risco como gatilho ara pessoas que tem histórico de esquizofrenia na família. Assim como a sociedade médica recomenda o uso terapêutico de uma taça de vinho tinto diária para prevenção de doenças cardíacas, deve-se distinguir este hábito do costume de beber socialmente, e principalmente do alcoolismo; uma analogia que deve ser aplicada também à questão da Cannabis. Sendo assim, o uso terapêutico da Cannabis no Brasil representa uma avanço, contanto seja de forma responsável e que se alerte para os efeitos neurotrópicos que os canabinoides (THC, canabinol e canabidiol) apresentem.