Cidadania em descaso.
Cidadania é hoje um exercício de poucos, levando-se em consideração o efetivo significado da palavra.
A maioria do povo tem seus direitos básicos cerceados, pois, a instituição Estado já não funciona mais. Em decorrência disso, existem duas sociedades distintas: Uma que vive e outra que sobrevive. Enquanto para uma é garantido o pleno exercício da cidadania, à outra é tirado o pão de cada dia.
A ausência de políticas sociais voltadas às necessidades básicas dos indivíduos, aliada à decadência por que passa a educação hoje, temos um modelo de sociedade excludente.
Se possível fosse ressuscitar alguns valores perdidos ao longo do tempo, pela ambição e egoísmo, talvez se pudesse ter uma sociedade diferente, onde a ética humana ocupasse o centro das relações sociais, políticas, econômicas e culturais.
A justiça social é a alavanca do desenvolvimento, mas para concretizá-la há necessidade de se resignificar o humanismo a muito esquecido pelos que detém as rédeas da sociedade.
E o cidadão onde fica? Fica onde estar, à espera de que um dia possam lhe proporcionar alternativas para viver condignamente com os seus.