A Argélia aposta no plano "militar" para atirar a Nouakchott no conflito do Saara

O fracaço do papel da diplomacia no quadro da passagen e na realidade do diferendo, a Argélia busca atirar a posição da Mauritânia, através de acentuar a coordenação militar de "Chinguetti", visando a enfrentar os círculos oficiais do vizinho oriental, em termos dos desafios de segurança na região, uma vez o Nouakchott não deixa de procurar um ponto de apoio para si nos recentes desdobramentos.

o Sr Chengriha, chefe do Estado-Maior do Exército argelino, tem recebido o seu homólogo mauritano, o tenente-general Mohamed Bemba Mokit, chegando à Argélia, última terça-feira para uma visita de três dias, segundo um comunicado do Ministério da Defesa argelino, sendo que o sr Chengriha busca para o seu país uma forma de trabalhar para fortalecer as relações militares bilaterais, mantendo um certo apoio com a Mauritânia. Tendo em vista os diferentes desafios da segurança que ameaçam a região.

O lado argelino considerou que o seu homólogo mauritano, "constitui um maior parceiro no quadro de cooperação em termos de segurança, sobretudo no Comité Operacional Conjunto, em torno da troca de informações e da coordenação de ações em ambos os lados sobre a fronteiras comuns dos Estados membros".

A Mauritânia busca encontrar uma posição para si mesma no conflito em torno da região de "Guerguerat", mantida pelas forças marroquinas, em busca de contornar o papel de "espectador", considerado como um ator "influente", contornando o momento de hesitação e espanto que marcaram as etapas anteriores.

A esse respeito, o Sr Mohamed Benhamou, analista político e especialista em assuntos estratégicos, considerou que: "a aposta da Argélia para com a Mauritânia vem depois do fracasso do papel diplomático e no meio da crescente ira popular dentro do país devido à crescente crise econômica", esclarecendo que "a Argélia vive o pior momento e uma fase complicada, desde então conhecido como Ignição do estopim no quadro deste conflito na região.

O sr Benhamou, num comunicado ao jornal online Hespress, explicou que “o regime argelino no estado de sufocamento fatal procura formas de respirar internamente e externamente, de modo que a situação interna obriga os dirigentes a recorrer a países vizinhos como a Tunísia e a Mauritânia para dar a impressão de que o país não vive uma crise”, uma vez que "a Argélia convive numa situação econômica de colapso".

Tal especialista explicou ainda que “a reaproximação mauritano-argelina não é um impulso do momento. Decorrendo de algumas iniciativas que aumentam a necessidades da coordenação militar entre os dois países, uma vez que a Nouakchott trabalha com grande pragmatismo e tentava impor suas leituras da situação na região.

Finalmente o Sr Benhamou acrescentou ao dizer que: "a Argélia tenta jogar a carta militar, porque tem falhado diplomaticamente, perante às iniciativas realistas de Rabat, bem como da Mauritânia que não precisa perder seu aliado estratégico, o Marrocos", destacando que "esses entendimentos, aprovados pelas circunstâncias regionais podem contornar a Argélia, que aposta sobre o cartão militar para vencer a posição da Mauritânia em torno de um conflito do Saara e numa difícil situação interna do regime argelino.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 09/01/2021
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