A cultura do estupro no Brasil
Hodiernamente, muito se discorre sobre a cultura do estupro no Brasil, por essa razão é importante analisar alguns aspectos que circundam essa temática. Neste contexto vultoso temporalmente, destaca-se a milenar raiz arcaica de uma sociedade misógina.
A priori, a cultura da violação tem um dos seus pilares erguidos sobre a normalização do defloramento sexual com relação a gênero e sexualidade. Neste viés, puxar uma pessoa pelo braço e forçar um beijo, proferir expressões grosseiras na rua, culpar a ausente faculdade mental proveniente da ingestão de bebida alcoólica, e a afirmação de que foi induzido ao assédio pelo tamanho da roupa da vítima são declarações que retratam a obsolescência do pensamento social.
Ademais, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública publicado no ano de 2019, contabilizou recorde nas estatísticas de casos de estupro em 2018, além disso houve também alta nos registros de feminicídio, o que intimamente correlaciona os dois problemas.
Dessa maneira, a cultura do estupro no Brasil é assunto de interesse comum para a construção de uma sociedade mais igualitária, e negligenciar os dados anuais sobre tal crime só posterga esse progresso. Cabe aos governantes de direito, ações governamentais eficazes que estreitem as estatísticas e possibilitem essa evolução que tenha como princípio o respeito da dignidade humana.