A história da Mel

Mel, Melzinha, como a chamamos agora, foi uma gatinha solitária e deprimida que adotei de uma ONG lá na Redenção. A princípio, não decidi se a levaria ou não até ouvir sua triste história. A moça responsável relatou que ela crescera confinada em um banheiro desativado num apartamento no centro de Porto Alegre e que a tutora só não largava na rua de pena.

Melzinha olhou pra mim por detrás das grades da gaiola com seus lindos olhos azuis aparentando desencanto, como se soubesse que ninguém iria tirá-la dali, pois foram muitas pessoas que passaram, olharam e não a quiseram (ela já era adulta e castrada). Foi então que me enchi de coragem e, já com três gatos, tirei ela de lá. No começo fiquei com medo de que ela fugisse, já que na minha cabeça, eu só pensava em fazê-la experimentar a liberdade.Falei para meu filho mais velho: “Se eu soltá-la no pátio, será que fugirá?”. Não fugiu!

Aos poucos, ela foi ganhando liberdade e agora não tenho mais com o que me preocupar. Ela fica seus dias inteiros no quintal, sem se interessar por rua ou calçada. O ambiente é todo dela e sinto que, agora, a Melzinha é completamente feliz. A conclusão a que chego, com esse relato da vida da amada Mel, é que só devemos adotar se estamos dispostos a fazer a diferença na vida do animalzinho, lhe dando amor, cuidados e liberdade. Olhem para a rica carinha e me respondam se não tenho razão? (adotada em janeiro de 2018)

Rejane Pinheiro
Enviado por Rejane Pinheiro em 25/01/2022
Reeditado em 27/04/2024
Código do texto: T7436739
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