O que vou relatar aqui, aconteceu realmente e hoje vejo que do ponto de vista de religiosidade e Fé, seria um egoísmo não compartilhar com vocês esta reconfortante experiência. Nossa caminhada de vida embora com mais baixos do que altos, nunca foi solitária ou desamparada, pois sempre tínhamos nestes momentos difíceis, Deus como nosso Pai protetor e Jesus como nosso Salvador e Guia . A história aconteceu de fato, no dia do casamento de minha irmã, onde durante os preparativos, minha mãe conversava com ela acalmando-a para os próximos momentos. Quando tudo já estava terminado, minha mãe orientou minha irmã para convidar Jesus Cristo para o casamento. Que ele abençoasse este importante passo em sua vida e que a todo momento ele fizesse parte desta consagração. E assim minha irmã fez. Em oração ela convidou Jesus para a celebração e também que ele derramasse suas bençãos. Naquela época ela pertencia ao grupo de oração dos jovens carismáticos, e todos estes estavam presentes no casamento. Finalizada a celebração, todos os convidados foram para o salão da própria Igreja para início da festa, os demais que estavam na Igreja foram embora onde os portões foram fechados garantindo-se a privacidade da comemoração. Passados alguns momentos de festa, foi observado um certo tumulto na entrada do salão e minha mãe foi verificar o que estava acontecendo. Ao perguntar para as pessoas que ali estavam na entrada do salão, os mesmos disseram que havia um penetra, que disse ter sido convidado pela noiva, mas que aos olhos dos ali presentes, seria impossível, pois se tratava de um mendigo que carregava um saco cheio de materiais recicláveis em suas costas. Neste momento um choque emocional fez presença na mente de minha mãe, pois ela ligou os "pontos" e se lembrou do pedido de convite que sugeriu à minha irmã. Imediatamente ela pediu que ele entrasse no salão e fizesse parte da festa. Mas por algum motivo ele se recusou e disse que não estava adequadamente vestido para a ocasião, e que gostaria apenas de abraçar os noivos, que imediatamente recebeu ele com muito carinho. Só entendia a emoção daquele momento, quem sabia do que tinha acontecido antes da celebração, ainda nos preparativos daquele casamento. Ele entrou, abraçou os noivos e saiu. Pediu para minha mãe, se poderia pegar os descartáveis para reciclar e se poderia tomar o resto de refrigerante contido numa garrafa e comer um resto de comida deixada num prato que estava sobre a mesa. Minha mãe disse que poderia sim pegar os recicláveis, mas que ele não comeria e nem beberia restos. Então ela saiu para ir buscar algo fresco na cozinha, onde praticamente ele estava ao lado, onde podia-se vê-lo pela grade de proteção. Todo esse tempo não demorou mais que 2 minutos, mas quando ela voltou até o local que ele estava, aquele aparente morador de rua já não estava mais lá. Minha mãe saiu rumo ao portão da Igreja para ver se alcançava ele caso estivesse indo embora. Mas chegando lá não havia ninguém e o portão estava fechado. Não daria tempo dele ir embora sem ser visto. E uma confusão fez parte da mente daqueles que acompanharam este episódio. Voltando para o salão, foi presenciado acomodado ali no chão, o saco de recicláveis que ele carregara até pouco tempo atrás. Enquanto a festa acontecia, em nossa mente acontecia uma explosão de perguntas até então sem respostas. Para onde o inusitado visitante foi? Por que deixou sua sacola de recicláveis ali se dependia dela para conseguir seu sustento? Como ele entrou e saiu do pátio do salão de festas sem ninguém o ver? Aos poucos fomos nos dando conta de que o acontecido estava além da nossa total compreensão. Mas uma coisa era certa, aquele convidado não era alguém comum. E mesmo não tendo um convite físico, ele nunca mentiu quando disse que fora convidado pela noiva, pois ele foi. Depois com mais calma fomos entender que Jesus não precisa entrar em nossa vida através de portas físicas, pois ele entra em nossa vida através do nosso convite e abertura de nosso coração, por isso o portão da Igreja continuou fechado. Ele deixou o saco de recicláveis no pátio, para que entendêssemos que aquilo era apenas uma simbologia do personagem que ele assumiu naquele momento. O mais humilde personagem ali presente, talvez tenha sido para testar a humildade dos noivos e dos demais presentes em recebê-lo, pois se não houvesse humildade dos noivos, este visitante seria expulso da festa, o que não aconteceu, pois ele foi tratado como os demais ali presentes. E num comparativo da arte que imita a vida ou a vida que imita a arte, meus pensamentos me levaram à cena final do filme O Alto da Compadecida, onde depois de muitas intrigas proferidas pelo diabo no plano espiritual contra João Grilo, João Grilo é perdoado de suas falcatruas e volta para o plano terreno onde é visitado por Jesus Cristo, que aparece também como mendigo pedindo para João Grilo um pedaço de pão, talvez querendo assim testar a empatia e humildade dele, mas que é negado pelo ator principal desta arte fictícia. Muitos daqueles que não estão ligados com Deus de uma forma sólida, dirão que esta visita foi apenas uma coincidência. Mas para aqueles que estão em intimidade com o altíssimo, entende que os atos realizados por Deus, nunca serão coincidência, mas sim, absoluta certeza. 

Obrigado pela visita Jesus.