ESCOLA ALEXANDRE PORFÍRIO

PROFESSORES E ALUNOS DO ALEXANDRE PORFÍRIO

Ricardo De Benedictis

QUEM FOI ALEXANDRE PORFÍRIO

Filho de tradicional família de Santo Antonio de Jesus, cuja descendência revelou grandes nomes para a Bahia, principalmente na EDUCAÇÃO, Alexandre Porfírio foi Professor e Advogado, Promotor Público e ingressou no Magistério, tendo ensinado nos grandes colégios de Salvador. Foi fundador do Ginásio Ypiranga, entre outros e fez carreira de mestre no Colégío da Bahia Central. Foi Jornalista, escritor e considerado um grande educador.

Construído no governo Landulfo Alves, inaugurado nos anos 1940, o Grupo Escolar - hoje Escola ALEXANDRE PORFÍRIO, foi o primeiro do gênero construído em Poções pelo governo da Bahia, fruto de um projeto da gestão Anísio Teixeira em sua primeira investidura no cargo equivalente a Secretário da Educação, ainda no governo Goes Calmon, entre 1928 e 1929. No governo Octavio Mangabeira, novamente dirigindo a Pasta, como Secretário da Educação do Estado da Bahia, fundou a Escola Parque, no bairro Pau Miúdo, em Salvador, primeira experiência de ‘escola em tempo integral’. Lembrar que Anísio Teixeira era natural de Caetité e foi fundador da Universidade de Brasília, deixando vários discípulos, entre os quais podemos citar Darci Ribeiro. Em algumas cidades da Bahia ainda encontramos prédios semelhantes, com a mesma arquitetura, parte do incremento do ensino fundamental no interior, antigo curso primário. Dalí, os alunos saíam preparados para enfrentar o Exame de Admissão (Vestibular) ao Ginásio.

Em Poções, era o fim de linha para o jovem que concluía a 5ª Série e parava de frequentar aulas, uma vez que era o topo daquilo que se podia ter naquela localidade.

Saliente-se que um dos filhos de Alexandre Porfírio de Almeida Sampaio (Santo Antonio de Jesus – (1871/1931), Clóvis Lyrio, foi médico em Poções e o parentesco da família com o Escrivão de Imóveis Clovis Pereira teve influência decisiva na escolha do seu nome para o novo e imponente Grupo Escolar Alexandre Porfírio. Clovis Lyrio casou-se com Áurea Pereira, irmã de Clovis Pereira.

O ensino ginasial chegou com o CNEC em Poções, depois de um longo trabalho da comunidade, liderado pelo Sr. Dourado, pai da Profª Jacy Dourado Rocha – oriundos de Irecê. Em Poções, a Profª Jacy casou-se com Hildebrando Rocha, comerciante e político que havia enviuvado da sua primeira esposa, filha da família Pecce, de cujo casamento nascera a sua única filha, até então, Alba Pecce Rocha. O certo é que do casamento com a Profª Jacy, o casal concebeu a filha Nadya Dourado Rocha. Também tivemos o concurso profissional do Cirurgião Dentista Plínio Lyrio de Almeida que casou-se com a poçoense, enteada de Arthur e Arlinda Carvalho. Ele era primo do médico Cloves Lyrio de Almeida Sampaio. Permaneceu clinicando em Poções até o início dos anos 1960, quando foi fixar residência em Santo Antonio de Jesus. Bom lembrar que o líder político conquistense José Fernandes Pedral Sampaio teve próximo parentesco com a família Almeida Sampaio de Santo Antonio de Jesus pela via paterna.

PROFESSORES:

Nadir Chagas De Benedictis – diretora

Alzira Brázida Santa Rita – Vice-diretora (assumiu a direção dois anos depois e Nadir passou a ser apenas regente, por opção, dados seus afazeres domésticos. No meado da década dos anos 1940, foi criado o Curso Supletivo para adultos e adolescentes e a Profª Nadir foi pioneira na regência de uma das classes, criada para que o município não perdesse a oportunidade de educar as pessoas que trabalhavam desde cedo e necessitavam adquirir conhecimentos para seguir em frente. Vários senhores já casados e com filhos se dispuseram a estudar e chegaram a melhorar seu desempenho na vida cotidiana. Podemos citar um exemplo, apenas como referência, um dos alunos que chegou a eleger-se prefeito da cidade, anos depois, Eurípedes Rocha Lima. A Profª Nadir transferiu-se para Salvador em 1953 e lecionou por lá até a aposentadoria, poucos anos depois!

Alzira (era solteira e arrimo da família que residia em Salvador) - acumulava a direção com a regência de classe e ainda mantinha um curso particular em sua casa para aprimoramento de alunos em disciplinas várias ou que por ali passavam para se preparar para o exame de admissão ao ginásio, que teria de ser feito fora de Poções, pois não havia ainda o curso ginasial na cidade. Ainda nos finais dos anos 1950, a Profª Alzira transferiu-se para Salvador, cuja família residia na Rua do Desterro, uma transversal da Baixa dos Sapateiros, onde por várias vezes fui com minha mãe para uma visita, uma vez que ela ia em nossa casa com certa frequência, quando morávamos no Barbalho!

Áurea Leone, Gesilda Campos de Oliveira, Iraci Oliveira, Jacy Dourado Rocha. Mais tarde, Olívia Gusmão, Bohêmia Marinho, etc

A ESCOLA ALEXANDRE PORFÍRIO DE HOJE

A Escola atualmente tem o seguinte corpo diretivo.

Profª Rosineide Bomfim – Diretora

Profª Maria Adriana da Silva – Vice-diretora - Matutino

Profª Camila Alves – Vice-diretora Vespertino

Coordenadoras: Profª Ana Paula e Profª Telma Carmezina

PROFESSORES:

Arilza de Souza Pinheiro Azevedo

Arilza Maria Cerqueira Cardoso

Beatriz Neto Silva dos Santos

Camila Moreira Alves

Cíntia Severino Mascarenhas

Cleonice Vieira Carvalho

Edvanda Jesus da Silva

Euflozina Maria da S. S. Ferreira

Evanete Cerqueira de Sousa

Ivaneide Almeida Braga

Jeuissara Nascimento Libarino

José Carlos de Oliveira Ribeiro

José Silva Oliveira Neto

Maria Adriana da Silva

Maria do Carmo Silva

Monalisa Guedes Correia Gonzaga

Regina Miriam de Almeida Carneiro

Rita de Cássia Pinto Melo

Rosemary Curvelo Campos

Roseni Santana de Castro Patez

Rosineide Bomfim de Jesus

Silvana Rosa da Silva Santos

Telma Carmezina de Santana Pereira

Vagner Mendes do Nascimento

Vilobaldo Bispo e Oliveira

Aline dos Santos Rocha

Ana Karla Braga de Souza Lemos

Ana Paula Novais Pereira

Emanuel Vitor dos Santos Pereira

Erisvaldo dos Santos Pereira

Irleda Clea Rocha Curvelo

Micaela de Jesus Novais

Nilma Cavalcanti Andrade

Noeme Bispo Silva

Wilson Venâncio Belarmino

Zirlândia Lima Meira

Simone Macedo

DEMAIS FUNCIONÁRIOS

Além do Corpo Docente, relacionado acima, a Escola Alexandre Porfírio conta com os seguintes funcionários:

Alcenir Ribeiro Oliveira

Alda Ferreira Rocha Almeida

Edna Pereira dos Santos

Maria da Glória dos Santos

Maria Eva Alves Ferreira da Silva

Zenilton de Jesus Silva

Aline dos Santos Jardim

Caio Santos da Silva

Cleisson Pereira Batista

Eride Freire Santos

Feliciano Vitor Sousa dos Santos

Janete Teixeira Oliveira

Jeferson Paiva Santos

Laise Ferreira Lacerda

Lázaro Silva Santos Souza

Manuely Leite Sampaio

Renata Ticiana Carvalho Rocha

Sirlene Santos Libarino

Valdineia da Cruz Silva Oliveira

ÁREA DE RECREAÇÃO

A área lateral esquerda da escola era utilizada para pequenos babas de futebol no recreio de 20 minutos, intervalo entre as aulas, quando era dado um tempo para a merenda e para que os alunos descansassem do estresse causado pela concentração dos estudos. Era um tempo em que os alunos se comportavam de forma a não brincarem em sala de aula. A disciplina era rígida e quem fugisse às regras era punido com certa severidade pelo professor. Como as salas eram mistas, entre alunos e alunas, havia uma certa compenetração de cada um para não passar vergonha diante da classe. Utilizava-se também a praça da Bandeira, antiga Praça da Liberdade como uma grande área de lazer para a criançada e seus mais variados tipos de jogos e brinquedos.

Na área frontal da escola, em dias determinados havia hasteamento das Bandeiras da Bahia e do Brasil, bem como a entoação do Hino Nacional Brasileiro, Hino à Bandeira e outros. Os alunos usavam farda kaki e as alunas, blusa branca e saia azul marinho plissada. Os sapatos eram pretos, mas sempre havia um ou outro aluno que usava calçados fora dos padrões, a exemplo de sandálias. Havia uma certa tolerância para estes casos, a depender das justificativas.

DATAS FESTIVAS

O professorado promovia esquetes teatrais para festas cívicas, a exemplo do 7 de Setembro, data da Independência, tendo sido feitas algumas apresentações no Cine Teatro Poções, que ficava na antiga Rua Apertada, hoje Av. Olímpio Rolim, sempre com apoio dos pais dos alunos e de pessoas da comunidade.

INSPETORES ESCOLARES

Era parte da política educacional a inspeção das unidades escolares existentes na capital e no interior do Estado. Tratavam-se de professores do quadro do Magistério Estadual que ficavam responsáveis pela fiscalização nas diversas regiões da Bahia. Naquela época não existiam as coordenações, depois superintendências regionais, criadas durante os governos militares e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, assim como o Financiamento estudantil, atualmente conhecido como FIES.

Daí porque os inspetores escolares passavam pelo menos duas vezes ao ano pelas unidades e levavam cerca de uma semana em cada cidade, a depender da sua importância.

Em Poções, lembro-me de duas importantes figuras. A do Prof. Leopércio da França Ribeiro e a do Prof. Irineu Santos. Este último era pai do grande professor e geógrafo, Milton Santos, que foi meu professor de geografia na segunda série ginasial no Colégio Carneiro Ribeiro, em Salvador. Milton Santos chegou a ser Diretor da Imprensa Oficial, onde eram impressos os Diários Oficiais e outras publicações do governo, atualmente EGBA. Durante o Regime militar, na iminência de ser preso, viajou para a França, a convite da Universidade de Sorbone, onde seu irmão Nailton Santos era docente há alguns anos. E só voltou ao Brasil já em idade avançada, mas lúcido e comprometido com seus ideais sociais.

ALUNOS MAIS ANTIGOS QUE PASSARAM NO ALEXANDRE PORFÍRIO:

Entre os alunos que me vêm à memória, pontificam a relação que segue, aleatoriamente, sem juízo de valor de cada um, mas por simples lampejos de lembrança. Pode ser que um ou outro nome esteja equivocado e peço vênia para que compreendam, pois não tive outras fontes, a não ser uma ou outra amiga (o) da família Fagundes que consultei ‘en passant’.

Dourival, Altamirando, Otoniel e Zeilta Monteiro Costa.

Miguel e Gilberto Labanca.

Fernando, Teresa, Seraphina e Adelina Schettini.

Mariuscia, Teresa e Fernando Schettini.

Valdinea, Wolnea e Vilobaldo Macedo.

Pedro, Ada, Aurora, José Fidelis, Noêmia e Eduardo Sarno.

Omar e Miga da Rocha e Silva.

Benito, Fernando Rudgero, Humberto, Italo, Romano, Teresa, Rodolfo, Rômulo e Remo Schettini.

Fidelis Rocco, Miguel Antonio e Rosa Maria Sarno.

Fidelis Geraldo, Miguel Mário, Maria Teresa e Rosa Alba Sarno.

Affonso e Armando Manta Alves Dias.

Ed, Daniel Carlos, Rubem e Emília Porto Alves.

Jailson, Jadir e Rosa Farias Alves.

Guilherme, Carlos Lindberg, Cléa, Margarita, Cleófano Filho e Alda Lamego.

Irene e Juvêncio Napoli Silva.

Amélia, Jurismar e Noélia Gusmão.

Eunápio, Helvécio e Edgard Napoli.

Carlos Alberto, Alberto Carlos, Amélia e Antonio Carlos Napoli.

Arthur, Orlando, Armando, Crézio e Rildes Rolim.

Rômulo Romeu, Roberto Renan, Maria da Glória e Vanusa Macedo.

Agnaldo Napoli.

Marivan e Álvao Pithon.

Walter e Waldir Souza Carvalho.

Hélio, Dejair e Jacy Carvalho.

Heráclito e Coriolano Fagundes.

Maria de Lourdes, Nalva, Arnaldo e Deusdeth Fagundes. Vaneide Fagundes de Sá.

Ernesto, Teresa, Marilze, Olga, Stella Maria, Nadir Celeste, Massimo Ricardo, Carlos Alberto, Nanci e Rosa Maria De Benedictis,

Rosalina, Jeová e Walter De Benedictis.

Octaviano e Jusmerina Moreira.

Maíta, Magdalena, José Octavio, Heloísa e Heraldo Curvelo.

Corintha, João e Alfredo Curvelo Pinheiro.

Antonio Carlos, Yolanda, Humberto, Iêda, Celeste,Terezinha, Angélica, Miriam e Zorilda Mascarenhas.

Celeste Pesce Moreira, Alba Pesce Rocha. Yolanda, Zina e Maria Pesce Paradella.

Francisco, Fortunina, Zorilda e Afonso Liguori Filho.

Wilson, Amélia, Sula, Eunapio, Rose Mary, Hilce, Raimilson, Ozail e Newma Gusmão.

Lourdes e Laurita Amaral.

José Antonio D’Andrea Espinheira e Ruy Alberto Espinheira Filho.

Misael e Joel Ribeiro.

Ângela, Jorge, Augusto, José Carlos e Sandra Leto.

Pietro, Michele, Luiggi Sangiovanni.

Benigno Rocha. Vicente Ventura.

Gildenor, Waldenor e Elisaldo Andrade.

Fernando, Luiz Fidelis e Marlene Sarno.

Maria Teresa e Vincenzo Fasano Sarno.

Maria de Lourdes, Alfredo e Rosa Luz.

Félix, Abel, Raul, Jandira, Solange, Magnólia, Arlete e Raimundo Magalhães.

Carlos Ney, Leonel e Rosa Messias.

Eugênio, Maria da Conceição e Maria do Carmo Tomazi Costa.

Josaphat Marinho.

Jorge, Gilberto, Norma, Heitor e Terezinha Trindade.

Como lembrete, quero registrar que muitos amigos poçoenses estudaram no Alexandre Porfírio. Esta lista apenas consta os nomes daqueles que me vêm à lembrança neste momento. E é lógico que deve ser ampliada pelos nossos contemporâneos e sucessores que minha memória não é capaz de trazer a lume. Muitos desta lista, após estudarem em cursos pedagógicos, voltaram para ensinar onde tiveram a oportunidade de fazer sua alfabetização e o curso primário.

MUNICIPALIZAÇÃO

A municipalização da Escola Alexandre Porfírio aconteceu em 30 de novembro de 2012, através do Termo nº 489, segundo publicação do Diário Oficial do Estado da Bahia naquela data.

A Atual Vice-direção da Escola Alexandre Porfírio está a cargo da Profª Maria Adriana da Silva à qual dedico este relato, em memória de todos aqueles que passarem pelo antigo e pelo novo ‘Alexandre Porfírio’ - uma semente plantada em Poções, que produziu e produz bons frutos, graças ao empenho daquelas (es) que por ele passam ou passaram!

SALVE A ESCOLA ALEXANDRE PORFÍRIO, SALVE A EDUCAÇÃO!

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 30/04/2023
Reeditado em 03/05/2023
Código do texto: T7776584
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