Liberdade de Sonhar

O hoje o dia foi longo e sem graça, se estendeu preguiçoso nos braços da tarde, a duras penas, expirada...E a noite também desce, no inverno que congela meu peito. E toda noite vivo a pensar em ti....a fantasiar deliciosas seduções, involuntárias e ou provocadas por um inquietante e louco desejo.

E toda essa “liberdade de sonhar” me arrepia e me faz sentir calafrios. Mais uma vez, o meu corpo pede o seu corpo. Então chegam à memória saudade e lembranças tantas que mesmo distante, me faz sentir o calor do seu corpo molhado junto ao meu. Sua respiração e comunicação ofegantes, paradoxalmente, pedem meus gritos, gemidos e sussurros e o merecido descanso da batalha. São emoções e sensações que se misturam, num ritmo frenético e em momento tão belo quanto raro.

Suas mãos se entrelaçam, magicamente, às minhas. É tudo sensação de prazer com um quê de inexplicável. Sinto a presença de um amor infinito, que de – e em mim – toma posse, sem que possa nada fazer para impedir.

Nos seus olhos eu vi

A doçura do amor que encantou

Num instante mágico, percebi

A magia da ternura que reinou

Brilhou, senti

Como um raio, dilacerou

Fingi, me iludi, sonhei

Um raro momento que ficou

Que fez de uma, duas.

Duas almas, gêmeas.

Que se enamoram com singelo olhar

Que não se importam

Que amanhã tudo se acabará

Que do passado, o presente viverá.

O mais ardente desejo

E no calor dos beijos

O reencontro de duas almas

Que buscam no amor, o desprendimento

Da felicidade sentida apenas num momento

Que jamais se apagará

Duas almas que se tocam

Sentem a chama queimar

Dois olhares que se cruzam

E se encontram habitando o mesmo espaço

Dois corações que se apaixonam

Unificados num só sentimento

Vidas que se eternizam no silêncio?

Mas não define o futuro

Consente e escandaliza

No presente imperfeito.

Edimilson Eufrásio
Enviado por Edimilson Eufrásio em 02/01/2008
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