AMOR SEM BARREIRAS

É bem recorrente um brocardo que diz: "...nunca julgue as aparências!" Então peço a você, amigo e amiga, que não julgue, de imediato, o título dessa escrita. Deixe a contentação satisfazer os ímpetos que mergulham nossa inquietude de querer, de uma única vez, o tudo.

Pois bem, o amor que inquieta minha mente é o amor por pessoas as quais nunca vi. Para alguns seria meramente um sintoma de loucura em dizer que ama-se alguém que não se conhece. No entanto, no meu caso, pode confiar plenamente não tratar de delírios. Explico: Meu querido anjo da guarda, meu pai, que não mais está fisicamente presente, saiu muito cedo de sua cidade - Juazeiro - Bahia e, dadas as circunstâncias, jamais retornou. Conquanto, não conheci meus avós paternos, Samuel Rodrigues e Ana Carolina do Sacramento, entretanto, sempre mantive em meu coração um lugar especial para eles. Não daria outro nome a esse espaço, a não ser amor...

Somente para não ser injusto, não posso dizer que nunca os vi, não. Em sonhos, às vezes, sempre vislumbro a árvore pelo fruto. E que fruto foi meu Pai... Germinando, por conseguinte, novas sementes, que foram, carinhosamente, plantadas aqui nas terras dos Gerais.

E como não poderia deixar de ser uma excepcional oportunidade em exteriorizar verdades do meu "eu"; talvez possa encontrar outras sementes que fazem parte dessa confusa genealogia familiar, digo confusa devido ao fato de que, em verdade, somos todos iguais e, não obstante, de uma mesma família.

Com isso, é irrefreável dizer e afirmar, numa concepção maior, que ao amor não há fronteiras que não sejam transponíveis, como dizia Drummond: "Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura!"; E como é bom ver o amor do tamanho do mundo!!!

Clovis RF
Enviado por Clovis RF em 17/01/2008
Código do texto: T821489