CURTA A PAZ: NÃO AS DROGAS!

Subindo os morros da miséria, encontramos jovens cujos sonhos são ceifados em nome de uma sensação singular chamada droga. A droga possibilita por entre sentimentos de euforia, uma suposta grandeza, uma promessa de imortalidade, além de um mergulho nas fantasias mais íntimas.

Ao falarmos dessa substância, percebemos, na realidade, um jovem oprimido e não compreendido. Este evita o diálogo entre parentes por puro temor à represália. Para ele a melhor fuga da realidade é a de ser rebelde, de ser diferente: quer, pois, deixar a sua “pequenina” marca no mundo. Esquece esse jovem que há uma gama interminável de pessoas na sua mesma condição, uma vez que, em vez de marcarem o mundo com coisas belas, são marcados, são vítimas.

Talvez o uso de drogas não seja tão especial assim... Pois o que há de novo em uma cicatriz tão antiga? Por qual motivo tanta dor, tanta desgraça e tanta violência? Tudo isso em nome de ser diferente. Quiçá o jovem adulto não saiba aceitar a realidade como ela é, quer seja de saber viver e de ter prazer em coisas simples. Daí a angústia e o sofrimento. No entanto, o pior sofrimento causado pela droga é a pura e fantástica sensação de preencher um vazio interior.

De idas e vindas o jovem cai em paradoxo: Por qual razão ser dependente químico se o sonho de todo jovem é o de ser independente? A droga enquanto padrasto ou madrasta não ensina boas lições ao agir na quietude e consumir silenciosamente a vela e o brilho da vida. Aqui os melhores momentos são perdidos, mas sempre há a possibilidade de recomeçar, uma vez que o melhor ópio é a paz. A boa notícia é que ela não tem preço!

Ricardo Régis Oliveira Veras
Enviado por Ricardo Régis Oliveira Veras em 29/01/2008
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