Um simples texto descritivo...

Esse é apenas um exercício para melhoramento dos textos. Aqui postarei uma narração descritiva deste dia 04/05/2008.

Com o Som de música na ferrovia, às 06:00 da manhã os olhos se abriam e apareciam os primeiros raios de sol em minha janela. o despertador soava longe, como alguém que não quer atrapalhar meus sonhos, mas precisa exercer sua função.

Desliguei o despertador quase sem vê-lo. espreguicei, abri um olho, o outro. finalmente levantei.dobrei os cobertores, com uma preguiça que quase deitei novamente, retirei o lençol, enrolei o cochonete, para guardá-lo. Minha irmã, sobre um profundo sono despertou, saiu da cama e prosseguimos à mesa do café, o bom cunhado já preparou tudo. Sobre a mesa, os pães dourados, só de ver já sentiamos o crocante em sua casca, Queijo Minas, café quentinho e cheiroso, geléia de morango, leite, manteiga cremosa e as típicas frutas do café da manhã, Banana, mamão e maçã.

Um sorriso no rosto, um bom dia nos lábios, a manhã que começa promete um grande dia de luta. Lívia ,está com uma ferida no pé, precisa olhar. na falta infeliz de dinheiro nos faz recorrer aos auxilio do Serviço Único de Saúde, Que todo mês descontam de Seu salário para oferecer melhor atendimento.

Sobre a cadeira as bolsas, com roupas, dinheiro para passagens, documentos e livros, cada um com o seu.

06:30 saímos, no corre-corre para pegar o ônibus, não poderíamos em hipótese alguma perdé-lo, tempo é preciosismo. 08:00 chegamos ao centro, atendimento de urgência, não podemos ser atendidas, um olhar de má vontade ocupou o rosto do atendente público: Deverão procurar por uma UPA. Embora ele não pudesse nos atender, poderia nos dar alguma informação, mas Lívia já se revoltava e enfurecida queria entrar a qualquer custo, foi atendida pela triagem, quase agrediu o enfermeiro, verbalmente e claro. Deixei, enquanto ela perdia o controle, tentei pegar algumas informações de onde poderia ser atendida. Nos dirigíamos ao ponto de ônibus, estávamos chateadas,eu sentia um Q de humilhação, mas proseguimos, precisávamos fazer um serviço de banco, fomos até o Real, para nossa infelicidade, o Salário foi depositado a menor, não trabalho para rede pública então não entendo o que eles tanto descontam, Lívia ficou enfurecida, Via tristeza misturada com desespero em seu olhar, esse mês só pagariam o aluguel, mas também precisavam se alimentar, um cenário triste para ser descrito em um dia de domingo.

Pegamos o ônibus, vazio como nosso olhar,e bolsos. chegamos a UPA, confesso que achei um lugarzinho bonito, nem tinha tanta aparência de hospital. Cadeiras ajeitadinhas, uma recepção bonita, pessoas educadas nos atendiam, o banheiro, limpinho e branco, quinhentas pessoas na nossa frente. Desanimadas acreditávamos que não iríamos sair tão cedo de lá, pensávamos em não poder almoçar, ficar ali já tinha se transformado em terror. Enquanto esperávamos a multidão que estavam em nossa frente, líamos, estava bom entreter com José Saramago em sua obra :A jangada de Pedra, fomos chamadas,Lívia passou pela triagem e acreditou que não teria solução para seu caso no SUS, menos de dez minutos, e atendida pela simpática médica Priscila, segundo me disse, toda atenciosa, foi feita a receita e liberada para tratamento em casa, saímos mais tranqüilas com o atendimento recebido, Ônibus novamente vazio, viagem tranqüila, parada perto de casa, as barrigas roncavam, e o sono predominava.

13:00 horas, já estava em casa, levei a Lívia no ponto do seu ônibus, entrei de volta ao apartamento, fui vencida pelo cansaço, fui tragada ao sono,17:00horas, acordei já descansada, mas com muita fome, dei uns passos até a cozinha, No fogão, a panela me esperava, acendi a trempe, panela, óleo, sal arroz e água, fiz um arroz tão branco como a neve que nunca caiu neste solo, um ovo que já se fritara dezenas vezes em meu imaginário, almoço rápido, não podia demorar, para não ser devorada pela fome... diante do computador lia crônicas e contos, poemas, no recanto, até que decidi descrever o turbulento domingo que passou como um toque de mágica.