MEUS LENÇÓIS

Nos lençóis amarfanhados
da minha cama - desnuda,
eu me entrego aos teus braços
esquecida do cansaço,
enquanto a lua contempla,
e se queda bela e muda.
Na emoção do momento
esqueço tudo, nem lembro
do que existe lá fora:
se o dia passa lento,
ou se está chegando agora.

Musa , amante, eterna amada,
por ti sempre apaixonada.

                .  .  .


DELEY
O AMOR

Com todo encanto, o amor se fez em nós,
Vida resplendendo, compartilhando vida,
Nossos corpos errantes, até então, tão sós,
Se entrelaçam na imagem refletida.

E não há como questionar o amor,
Ele está acima das reticentes questões,
É o doce mistério do Criador,
Senhor absoluto dos nossos corações.

Que o amor possa continuar, reinar,
De maneira magnífica em nós dois,
Lançando fora todo o o nosso medo.

Que ele seja o nosso poema, nosso luminar,
 Participante, antes ? durante ? depois,
Com liberdade, sem reservas, sem segredos.