Dia nacional do surdo

O dia nacional do surdo (26 de setembro) nos traz à mente a seguinte reflexão: quais os avanços e os desafios encontrados na caminhada dessas pessoas?

Como avanço podemos citar duas grandes conquistas: o reconhecimento legal e oficial da Língua Brasileira de Sinais (Libras) - sendo uma língua com características próprias e não uma mera transcrição. E a implantação, nas universidades federais, do curso de graduação em letras com especialização em Libras.

Contudo, essas conquistas não sanam todos os problemas enfrentados pelos surdos. Órgãos, que representam os surdos, como a

Associação de Surdos de Pernambuco, sofrem com a falta de divulgação e reconhecimento da grandeza que possuem.

O principal empecilho é a falta de políticas que valorizem a capacidade dessas pessoas. Muitos oportunistas criam políticas públicas distantes da realidade dos surdos - como as que tentam inseri-los em classes de ouvintes com intérpretes. Essa é uma atitude errada, pois os surdos não querem que as escolas, apenas, repassem o conteúdo e sim os ajude a construir pensamentos e conhecimento, como uma escola normal deveria fazer.

Nosso dever, como cidadãos, é o de tentar alterar essa ordem, estabelecidas por charlatões, que pensam ter mais capacidade que os surdos para ensinar-lhes sua própria linguagem. Devemos lutar por políticas sociais mais condizentes com a realidade das pessoas a serem atendidas e pelo final da falta de ética por parte dos falsos professores de Libras.