sombras

a noite que cai em mim é negra. há sombras que se escondem nos becos mal cheirosos e eu aprecio-as no meu canto sem nada fazer para expulsá-las. crio-as e alimento-as. e elas vão crescendo até atingirem dimensões gigantescas. aí, a batalha que terei de travar é não sei quantas vezes superior. doto-me das minhas armas e travo golpes ao acaso. firo-me. caio ao chão. e levanto-me para disparar contra um mostrengo. é difícil acertar-lhe. levo tempos infinitos nessa batalha. e quando consigo vence-la fico com a sensação que já a poderia ter ganho.

lunapensativa
Enviado por lunapensativa em 07/05/2005
Código do texto: T15344