Um pouquinho de Volnei Braga

Eu não queria falar de mim, mas hoje resolvi contar um pouquinho de mim, para as pessoas que não me conhecem e nada sabem sobre a minha vida, uma vida cheia de decepções, tudo começou quando fui para escola, eu já devia ter meus dez anos de idade

e confesso para vocês que este foi um dos melhores anos de minha vida, no fim de ano quando a professora leu nossas notas, eu fiquei feliz, porque eu havia sido o primeiro lugar ao lado de um amigo, e neste dia eu ganhei de minha professora um brinquedo, tratava-se de um disco voador movido por uma corda elástica, e posso dizer com certeza, que foi este o mais lindo presente que eu ganhei de alguém. Parti para minha casa feliz da vida, para esperar pelo próximo ano letivo. Foi grande minha decepção, eu não voltei, meu pai não poderia manter a todos nós na escola, e eu era o que sobrava para ficar em casa e ajudar na lida de casa e cuidar de meus irmãos menores, e, eu passei a viver num mundo que não era mais o meu mundo. Abria-se um grande vazio em minha vida, e. eu nunca mais estudei talvez por vergonha de voltar para escola, e com o passar do tempo veio o casamento e os filhos e também o preconceito, porque a nossa sociedade as vezes é injusta e cruel, nos cobra muito e pouco faz por nós, nem o casamento nem os filhos conseguiram preencher este vazio em m’alma, a tristeza sempre foi minha companheira, e quem me conhece sabem do que estou falando, apesar de hoje conseguir escrever com uma certa facilidade eu tenho dificuldades, para ler e para falar, pois tenho dificuldades na hora de pronunciar as palavras, um trauma de infância não sei.

Como não sei o porque de eu ter começado a escrever, e tudo isso começou em Junho de 2004, embora eu escrevesse alguma coisa eu nunca consegui escrever um texto com mais de dez linhas, e de repente eu passei a escrever como se fosse a coisa mais natural do mundo e tudo começou com um poema com tendência Espírita, “O TRONCO”,

a minha primeira experiência com este tipo de poema, foi quando duas amigas a quem eu devo muito me pegaram e me levaram até uma casa Espírita, em minha cidade, porque entenderam elas que eu estava chegando aos meus últimos limites, e que era chegado o momento de alguém fazer alguma coisa por mim, e antes que fosse tarde, elas me estenderam a mão! E é através do que hoje escrevo, que estou conseguindo preencher este vazio em m’alma, embora ainda eu sinta falta de algo que não sei o que é.

E quando entrei na Internet eu não esperava ser tão bem recebido como fui pelos internautas, e o incentivo que vocês me deram, era o que mais eu precisava no momento, coragem para que eu continue a perseguir meu sonho, que nada mais é que escrever algo útil a pessoas humildes como eu, que pouca sabedoria tem!

Por isso eu digo obrigado Deus, por estas pessoas maravilhosas que nestes momentos nos estendem a mão mesmo sem nos conhecermos!

OBRIGADO, á vocês, Milton Nunes Filho, meu primeiro 10, Mariângela Ricardo, Márcia Rocha, Victoria Magna, e você Perereca um dia eu te convido para um passeio maluco e te darei a lua, brincadeirinha. Vocês foram maravilhosos, como maravilhoso é o trabalho de vocês.

Um beijo do tamanho do universo no coração de vocês, e que um dia eu possa retribuir o que fizeram por mim.

Álvaro um obrigado é muito pouco? Mas, mesmo assim obrigado pela tua dedicação e pelo teu apoio quando eu mais precisei, tu estavas aqui a meu lado!

Volnei R.Braga