Exposição Janelas do Mundo

Exposição Janelas do Mundo

Esta exposição é baseada em janelas fotografadas na Europa, pelo fotógrafo, Fernando Garcia Simon. À primeira vista vemos apenas “janelas, belas, mas janelas”, no entanto, com um olhar mais crítico e apurado podemos vislumbrar toda uma sensibilidade do fotógrafo ao captar detalhes que nos levam a refletir o porquê daquelas fotografias.

As janelas fotografadas podem nos revelar o estilo arquitetônico de uma determinada época, pode nos ensinar acerca dos costumes de uma determinada sociedade, podem ainda nos mostrar alguns costumes de uma parcela daquela comunidade que a constrói.

Fernando Garcia Simon nos brindou com janelas maravilhosas em que vemos os diferentes padrões, uns mais simples outros bem mais elaborados.

Incrivelmente as janelas parecem se integrar ao ambiente ou fazem o ambiente se curvarem a elas. Elas com seus vidros, captam a luz do Sol, devolvem seus raios com mais intensidade, valorizam suas fachadas e parecem dar ritmo às frontarias de suas casas e edifícios.

A captação da “intimidade das janelas” é tão grande que parece que elas têm o poder de mudar todo um frontispício, dando-lhe um lume diferenciado.

Entre tantas janelas de imensurável beleza, que nós raramente paramos para observar, há uma janela que de tão bem fotografada me chamou a atenção, pois ela provoca um paradoxo, devido estar impecavelmente bem cuidada, com vidros que reluzem a luz e o brilho do dia em uma fachada antiga muito deteriorada, com tijolos a vista e plantas trepadeiras de um tom avermelhado invadindo as paredes e causando uma cena paradoxalmente bela.

A exposição reuniu cerca de 17 fotografias de janelas europeias, de casas, prédios, sobrados e afins.

Não há como saber a intenção mais íntima do fotógrafo, mas é possível perceber que ele quis provocar nas pessoas que as viam.

Talvez ele quisesse mostrar que: das janelas podemos ver as pessoas que circulam nas ruas, delas podemos contemplar uma vista privilegiado em frente ao mar, observarmos uma festa religiosa ou pagã ou simplesmente debruçar e ficarmos absortos, submerso em nossos pensamentos.

Ou meramente fechá-la para que a chuva não invada nossos cômodos ou abri-las para que o Sol entre trazendo seu calor e claridade e dê mais vida à nossa vida.

Referência bibliográfica:

Esta resenha foi redigida após visita à exposição “Janelas do Mundo”, do fotógrafo Fernando Garcia Simon, no SESI-Santos, no dia 12/03/2011.

Ilton J S
Enviado por Ilton J S em 11/06/2011
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