Planejamento Escolar

No dia 29 de junho de 2011, fizemos o Planejamento Escolar, e, procuramos contribuir para formação de uma “Escola Cidadã”, que é para mim um grande sonho. Apresentamos uma proposta de trabalho que visam criar condições ao educando de superar uma visão restrita de mundo, de compreender a complexidade da realidade, de aprimorar sua capacidade comunicativa e ampliar, significativamente, sua introdução no espaço em que vive.

Mostramos para o corpo docente da escola que era necessário haver alterações, transformações nas suas práticas de ensino-aprendizagem, ou seja, um ensino mais exigente. Exigindo dos discentes maior emprego das inteligências e não só da memorização, fazendo um planejamento que vise primeiramente o aluno. Conhecendo também a realidade dos mesmos. Tornar seus alunos mais motivados, mais participativos, mais questionadores. Com isso, o educando certamente encontrará maior motivação para aprender a partir do momento em que o processo educacional levar em consideração as necessidades, interesses, afetividades, modo de ver, de viver a vida e de se expressar, “descartando” todo tipo de discriminação e preconceito.

Colocamos também uma pressuposta metodologia em que os educadores desenvolvam uma didática assentada nesses pilares: pensar, sentir, trocar e fazer de modo crítico, criativo, significativo, solidário e prazeroso.

Em seguida fizemos algumas considerações sobre o que é “Avaliação Contínua”, na perspectiva de construir uma “Escola Cidadã”. A avaliação que é considerada um instrumento auxiliar indispensável no processo de aprendizagem. A avaliação precisa ser entendida como um instrumento diagnóstico de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados, às habilidades e competências desenvolvidas. Trata-se de uma ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de conhecimento dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educando, de maneira que possa rever sua prática e redirecionar suas ações, se for preciso.

Questionamos que para desenvolver competências é preciso, antes de tudo, trabalhar por problemas e por projetos, propus trabalhar tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos e, em certa medida, completá-los. Isso pressupõe uma pedagogia ativa, cooperativa, aberta para a cidade ou para o bairro, seja na zona urbana ou rural. Quando se propõe que a educação seja orientada para competências, o que se pretende é que o aprendizado escolar se organize não mais em função de conteúdos informacionais a serem transmitidos, mas, sim, em função de competências e habilidades que as crianças devem desenvolver em continuidade com as competências e habilidades que vinham desenvolvendo na fase pré-escolar.

Para que o desenvolvimento das competências e habilidades se dê de forma prazerosa e não impositiva, é indispensável que os projetos e, dentro dessas atividades selecionadas para promovê-las, estejam estreitamente relacionados com os interesses dos alunos. Nesse contexto, o professor deve agir menos como especialista em conteúdo, e mais como pessoa de apoio que, não importa qual sejam os interesses dos alunos, saiba relacionar esses interesses com o desenvolvimento de competências e habilidades como as descritas e saiba, sempre que necessário, fazer referência a conteúdos informacionais que possam ajudar no desenvolvimento do projeto.

Os conteúdos informacionais, assim situados, deixam de ser o objeto central da ação educacional e passam a ser instrumentos que podem ajudar no processo de solução de problemas que, por seu turno, levará ao desenvolvimento de competências e habilidades que, este sim, será o objeto final da ação educacional. A escola que trabalha voltada para o conteúdo, onde o professor pensa que seu ofício maior é dar o conteúdo por inteiro precisa reestudar a sua função. Temos de nos convencer de que a base do compromisso educacional é o “objetivo” e não a “matéria”... Pois não basta a escola ser um simples difusor de conhecimentos. Ensinarem a ler, a contar, a conhecer a geografia, a história, as ciências é sem dúvida tarefa meritória.

Após todo um dia de trabalho, em que propomos essa mudança esperamos que todos os educadores entender o que é serem educador e o que é ser professor. Ser professor é apenas uma função técnica, ser educador vai além.

Izan Lucena Lucena
Enviado por Izan Lucena Lucena em 02/07/2011
Código do texto: T3070367
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