Filósofo John Locke e suas principais contribuições para a psicologia moderna

A biografia do autor ressalta brevemente toda a contribuição de seus estudos não apenas para a psicologia, mais também às diversas outras ciências, que apontam que ele tenha exercido um papel essencial na invenção do processo de conhecimento, através das suas ideias empiristas. Em sua jornada criava laços de amizade e exercia grande influência, publicou sua obra prima, O Ensaio, que instituiu os princípios da teoria filosófica empírica, que defende a ideia de que todo e qualquer tipo de conhecimento provêm das experiências, o que se opunha a Doutrina das ideias inatas. Suas contribuições com relação à psicologia foram muitas, mais as duas principais se referiam a Classificação das ideias em simples e complexas e a discussão sobre as qualidades da experiência: primária e segundaria (As qualidades primárias se encontram nos próprios corpos (extensão, solidez, a figura, o numero) são qualidades objetivas. As qualidades secundárias, são as qualidades subjetivas (cor, sabor, odor e etc.).

“Os conteúdos das experiências são as ideias ou representações, algumas simples e outras complexas. Estas são formadas a parir de ideias simples. A essas ideias simples pertencem às qualidades sensíveis primarias e secundárias. Uma ideia complexa é, por exemplo, a ideia de uma coisa ou substancia.” (HESSEN 1999, 56).

De acordo com Locke a ideia é tudo aquilo que a mente percebe em si mesma, tudo o que podemos compreender através do pensamento e do conhecimento. Para ele todo o processo do conhecer e do saber é aprendido através das experiências. Ele se utilizou metaforicamente de uma expressão latina que traduzida significa literalmente Tabua raspada, conhecida por nós como tabua rasa, que nos faz refletir sobre uma folha de papel em branco. Pois para ele a mente humana é como o papel em branco, sem nenhum caractere e nem ideias, e que só através da razão e do conhecimento, que fazem parte das nossas experiências e que passamos a existir como um EU pensante. As experiências podem ser entendidas de duas formas, externas e internas, as experiências externas são as sensações que provem de objetos sensíveis externos; já a experiência interna são as operações internas do nosso espírito e os movimentos da nossa alma.