SOBRE O TEXTO: “OS QUE FAZEM A DIFERENÇA”

“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”. (Paulo Freire)

De acordo com o texto citado no título, apenas uma pequena parcela da população estaria fadada ao sucesso. Tal verificação seria constatada primeiramente nos bancos escolares, onde apenas alguns alunos se esforçam e obtém sucesso, o restante apenas faz número e deveriam ser expulsos...!

Ainda conforme o texto, 5% dos alunos realmente participa das aulas, tendo um aproveitamento satisfatório. Na sociedade, essa taxa de aproveitamento estaria nesse patamar. Logo, independente do seu ramo de atuação, todo ser humano teria que se esforçar ao máximo para fazer parte dessa minoria. Pois caso contrário, iria fazer parte do resto, isto é dos 95% restantes.

Percebe-se nas entrelinhas, uma forte convicção preconceituosa, quando diz: “que somente uma pequena parcela dos alunos estaria em condições de absorver o conteúdo ministrado”. Essa ideia pré-concebida levaria inexoravelmente à discriminação. Possivelmente, trata-se de uma forma grotesca de justificar a incompetência do sistema educacional, transferindo a responsabilidade de seu próprio insucesso à maioria de sua clientela.

Por outro lado, imaginemos que o referido texto estivesse com a razão e realmente exista um imutável e seleto grupo de “brilhantes acadêmicos”. Questiona-se, em relação à convivência deles com seus familiares e amigos: será, que ainda continuariam a estar entre os melhores? Talvez sim, talvez não! Portanto, toda generalização é no mínimo perigosa, principalmente quando se analisa o comportamento humano.

A educação é forma mais rápida e segura de ascensão social, econômica e cultural. Nós, que trabalhamos no ensino, temos que confiar no seu poder de transformação. Para tanto, temos que acreditar na capacidade de apreender de nossos alunos indiscriminadamente. Existe um ditado popular para explicar as diferenças entre as pessoas: “os dedos das mãos nãos são iguais, mas esse detalhe não os impedem de desenvolver com maestria suas funções”.

Assim, os indivíduos apresentam particularidades próprias, com grande diversidade de habilidades. Portanto, a compreensão dessa característica humana é o primeiro e grande passo para promoção de seu desenvolvimento, cuja mola percussora encontra-se centrada primeiramente na ação de seus PAIS e também no trabalho educativo do PROFESSOR.

João da Cruz
Enviado por João da Cruz em 07/04/2013
Reeditado em 25/07/2016
Código do texto: T4228998
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