Fichamento do texto: Rupturas Urgentes em Educação de Pedro Demo

Pedro Demo em suas análises sobre inovações no sistema educacional faz uma comparação entre empresas exitosas que deixam de inovar por receio do fracasso, empresas que decidem pela mudança assumindo riscos dúbios e a escola que, longe de ser exitosa se torna refrataria no que diz respeito a inovações, principalmente em suas aulas instrucionistas tornando o docente apenas como transmissor de conhecimento e não como autor de sua própria teoria.

Trás em suas discussões as idéias de Christensen que distingue dois tipos de inovação: a sustentadora e a disruptiva e afirma que O próprio êxito se torna uma arapuca, pois é bem difícil manter espírito crítico face ao êxito. Tudo que se considera sucesso não se vê como passível de inovação, muito menos de inovação radical.

Christensen (2002) alega que, as inovações disruptivas, necessitam de outras habilidades que desconstruam e reconstruam conhecimentos mesmo correndo riscos futuros .Nos instiga a pensar na questão da mudança que se mantém estática ao chegar ao poder, contradizendo as idéias revolucionarias de quem as defendeu. ”, constatando que os revolucionários, chegando ao poder, se tornam conservadores, desta forma tomar o poder não seria mais interessante , antes propor mudanças que se mantenham em constante mutações.

Christensen (2002) nos alerta para a questão das transformações sociais que ao se institucionalizarem, declinam porque seu funcionamento vai na direção contrária à inovação que é vista como perturbação ao funcionamento, não como alternativa. Dento do ambiente escolar a análise de Christensen toma como ponto de partida as aulas instrucionistas que seguem uma rota construída ao longo da história e se mantém estática causando a queda do desempenho dos alunos, confundindo-se aula com aprendizagem, pois aula é dogma da instituição. Nesse caso a escola acomoda-se em seus costumes mesmo dizendo-se transformadora da sociedade.

Ao defender a inovação disruptiva, o autor retoma o papel do docente, como meros reprodutores de conteúdos, não por culpa mas por formação deficiente, baixos salários e condições precárias de trabalho e afirma que é decisivo saber “desconstruir-se”, liquefazer-se em prol da inovação oferecendo oportunidades aos docentes e discentes para que possam tornar-se autores e não reprodutores do conhecimento.

BRITO, Juciara. Graduanda do curso de licenciatura plena em Pedagogia da FACE (Faculdade de Ciências Educacionais). Trabalho solicitado pelo orientador Pedro Miguel como avaliação parcial da disciplina Educação Cultura e Sociedade.

Juciara Brito
Enviado por Juciara Brito em 06/02/2014
Reeditado em 06/02/2014
Código do texto: T4680269
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