Exclusão nunca Mais!

Professores com uma má formação em educação, sem recursos didáticos e psico-pedagógicos, além de insensíveis aos seus alunos, somados ao atual sistema escolar, cada vez mais, aceleram o processo de exclusão dos seus educandos.

Em muitos casos, os professores (Não Educadores) tentam impor um raciocínio, um pensamento, ou até mesmo a sua forma de pensar aos seus alunos. Suas formulas de educar não incluem a estimulação de um pensamento crítico, mas sim a submissão em aceitar os seus pensamentos e ensinamentos, mesmo que sejam errados. Acabando assim fazendo com que seu alunos se adaptem à ele. O que gera, de uma forma medíocre, uma exclusão daqueles que discordam dos seus conceitos.

Sabermos que a visão de um acontecimento, de um fato, pode ser feita sob vários ângulos, porém a ótica utilizada pelo aluno para análise em muitos (E MUITOS) casos, não é nem discutida por esse professor. Talvez por medo, por não saber trabalhar uma discussão, ou talvez por comodismo, o ponto de vista de observação do aluno não é levado em consideração. A discussão para, ao menos, demonstrar que o acontecimento em questão não é válido sob aquele ângulo. De primeira o professor não o aceita. Com isso, não há o estimulo do pensamento crítico de seus alunos e sua aula acaba sendo a mesma durante décadas. Essa é apenas uma das pontas desse enorme iceberg de exclusão, pois a outra está no atual sistema escolar.

A escola como se sabe, tem como método de avaliação um processo baseado em números, notas, sob critérios do professor supracitado. Ou seja, o que cabe ao aluno é apenas fazer uma nota para constar em seu boletim. Nessa hora é que vemos como o sistema escolar é injusto e segregador.

Um aluno proveniente de uma classe privilegiada, pode estudar os vegetais da floresta amazônica, a formação de desertos, como o Saara, os Alpes, os Pirineus, o relevo Europeu, viajando, vivenciando de perto. E em caso de dificuldades, professores particulares são contratados. Isso sem falar em toda a infra-estrutura que é montada em volta desse aluno. Sendo recompensado por “passar de ano” na escola.

Ao mesmo tempo, o aluno oriundo das classes mais pobres, em muitos casos, luta diariamente, não apenas para aprender os ensinamentos, mas sim para sobreviver nesta “Sociedade Selvagem” em que vive. Por não dispor de recursos para ir até a Amazônia, à África ou à Europa, seu instrumento de viagem acaba sendo os livros. Mas é importante ressaltar que isso ocorre quando ele os possui. Para uns a sua recompensa é a curo prazo, diária, com uma prato de comida ou o lanche dado na escola. Para outros a longo prazo que terão uma recompensa, com uma oportunidade de mudar as suas condições de vida com o estudo.

Mas em seus estudos, as suas experiências obtidas no seu dia-à-dia não são levadas em conta. O fato de alguns trabalhar não importa ao professor, que de maneira fria o trata como um número. E quando um aluno apresenta dificuldades, o professor limita-se a dizer que nada pode fazer em relação ao aluno. E a escola confirma este argumento ao estabelecer que o aluno deve atingir um número mínimo de pontos para “passa de ano”.

O nosso sistema escolar, e principalmente, a formação dos professores, precisam ser revistos urgentemente. Esse processo de exclusão gera a evasão escolar que à médio prazo se transforma em exclusão social, tomando proporções catastróficas, como o aumento da violência.

Maurício Sabas
Enviado por Maurício Sabas em 06/04/2014
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