Comentário breve de um noveleiro apaixonado

No ar com apenas 08 capítulos, até o momento, a nova novela das 19h da Globo, Deus Salve o Rei, já mostrou a que veio. Escrita pela estreiante como titular, Daniel Adjafre, com direção artística de Fabrício Mamberti, o folhetim, ambientado no período medieval, conta com uma riqueza de detalhes impressionante: locações, figurino, iluminação, efeitos especiais e visuais... E, claro, o texto do autor, recheado de melodrama típico do gênero folhetim. Comparações injustas com séries americanas - Game of Thrones - não desmerecem a novela Global, pelo contrário, reforça a marca impressa da emissora carioca no quesito novelas. Não é à toa que a Globo é a segunda maior produtora de novelas do mundo, em termos de exportação do produto, perdendo apenas para a mexicana Televisa.

Outro detalhe se reflete diretamente no Ibope. Com um índice de estreia maior que a antecessora, Pega Pega, a novela de Adjafre marcou 29 pontos na grande São Paulo. Os investimentos em cada capítulo beiram um milhão de reais, pois a Globo iniciou, nessa novela, um novo projeto de construção de sets em um galpão e vasta utilização de Chroma Key (fundo verde ou azul), para dar realismo aos reinos de Artena e Montemor.

Diferentemente de Belaventura, da Record TV, escrita por Gustavo Reiz, também ambientada na idade média, Deus Salve o Rei exibe uma qualidade de elenco e técnica impressionantes, enquanto a novela da Record amarga no Ibope baixo, cenários mal feitos, elenco robotizado e texto ruim.

Vale a pena acompanhar essa nova revolução no gênero novela nacional.

Patrick Sousa
Enviado por Patrick Sousa em 17/01/2018
Reeditado em 17/01/2018
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