NISEKOI volume 2: sucessão de quiproquós

NISEKOI volume 2: sucessão de quiproquós
Miguel Carqueija


No segundo volume deste mangá de adolescentes os personagens principais enrolam-se ainda mais na comédia de erros delineada no primeiro volume. Acompanhamos Raku Ishijou e Chitose Kirisaki, um rapaz e uma garota que se detestam, mas que foram obrigados pelos respectivos pais a simular um namôro. Ambos são filhos de chefes de gang: o pai de Raku, a gang Shueigumi; o outro, a Beehive. E os elementos mais novos das duas yakuzas estavam se provocando mutuamente nas ruas, sem saber que os dois chefões eram amigos. O “namôro” foi decidido para evitar o conflito.


Resenha do volume 2 do mangá “Nisekoi” de Naoshi Kumi. Editora Panini, São Paulo-SP, 2017. Editora Shueisha, Tokyo, Japão, 2011. Tradução: Fernando Mucioli.

“Quando eu era pequena, acho que também fiz uma promessa a um menino. O que era mesmo que eu tinha dito daquela vez?”
(Chitose Kirisaki)


Entre os quiproquós do volume encontra-se, como elemento complicador, o gangster Claude, da Beehive. Sem saber do trato feito pelos dois “poderosos chefões” e metido a proteger Chitoge, põe-se a espionar o comportamento dos dois, convencido das más intenções de Raku. Claude chega a mandar um membro mais jovem, Tsugumi, infiltrar-se na turma dos dois (como se fosse tão fácil). Este, que conhecia Chitoge, mete-se também a protetor dela e desafia Raku para um duelo. Raku pensa que é para uma briga mas quando chega ao terraço do colégio para o confronto o outro vai logo puxando armas de fogo. Raku foge disparado como um foguete, perseguido pelo adversário. Segue-se uma sequência absurda, uma perseguição pelos corredores do colégio sem que apareçam professores, membros da diretoria, inspetores, sequer faxineiros. É tudo exagerado e radicalizado em “Nisekoi”, um mangá que beira a insanidade burlesca dos Três Patetas.

Rio de Janeiro, 21 a 28 de janeiro de 2018.