No limite

NO LIMITE
Miguel Carqueija



Situações extremas mostram a crua realidade das pessoas. Em “Limit”, mini-série em seis edições, a colegial japonesa Mizuki Konno se vê numa situação inverossímil, isolada com várias colegas num boqueirão inacessível, onde o “bullying” chegará à exasperação. Uma tensa história de sobrevivência e vingança.

Resenha do volume 1 do mangá “Limit”, de Keiko Suenobu. Editora JBC, São Paulo-SP, 2015. Kodansha Ltd., Tokyo, Japão, 2010. Tradução: Fernando Sato Mucioli.

“Este mundo tão pequeno chamado “escola” certamente é uma miniatura da sociedade que existe lá fora.”
(Mizuki Konno)

“Os fortes sempre são invejados, governam os outros... e levam uma vida fácil, com o mínimo esforço.”
(Mizuki Konno)

“A luta... começa agora.”
(Mizuki Konno)


“Limit” é uma história de suspense beirando o terror, com o clichê de um grupo psicologicamente heterogêneo isolado num local inacessível e tendo de sobreviver por seus próprios meios. No caso serão cinco alunas adolescentes, sobreviventes de um ônibus escolar cujo motorista se droagara e por isso deixou o veículo cair num abismo onde não chega sinal para o celular. Konno, Haru, Usui, Morishige e Kamya — eis as sobreviventes.
Kamya é a cerebral, fria e objetiva. Morishige, gorda e adepta do tarô, sofria “bullying” e agora deseja vingança, julgando-se favorecida por Deus e, tendo se apoderado de uma foice que a professora levava, começa a tiranizar as outras e, visando diminuir as bocas (pois a comida tirada do ônibus está acabando) chega a jogar Ishinose Haru contra Konno, para que as duas lutem até a morte. Quanto a Usui, com a perna ferida está praticamente inválida.
O primeiro volume termina numa situação arrepiante, quando Haru é induzida por Morishige a atacar Konno.

Rio de Janeiro, 24/10 e 3/11/2018.