A minha resenha sobre Sexus de Henry Miller

Quanto a mim, vira e mexe encalho nas páginas amareladas de algum livro, dessa vez, foi no Sexus de Henry Miller, uma biografia ficcional, na minha versão da Editora Record, já sublinhada em uma caralhada de passagens. Sinto como tivéssemos nascido um para o outro, Henry Miller e eu, afastando antecipadamente qualquer eventual associação homossexual que essa frase possa ter à algum militante da causa. Trata-se, antes de tudo, de uma ligação espiritual, à qual envolve sentimentos exacerbados por fêmeas e visão de mundo (um mundo adoravelmente terrível, amargo, hedonista e amoroso). Quantas mulheres passaram pelas suas mãos e pelo seu caralho sempre em riste para uma foda? Enquanto esteve na Califórnia, foram um punhado delas, depois, em Paris, um novo calhamaço de corpos, todos bem preenchidos pela sua pica. Mais tarde, me parece que tem um novo retorno à Califórnia, não tenho total certeza, ( não sou o seu biógrafo, porra, sou apenas um leitor, que nasceu um ano após a sua morte).

Em seu Sexus, pensava em comida todo o tempo, era como um imenso intestino ambulante, como mencionara antes no Trópico de Câncer, isso, quando não estava envolvido em alguma transa tantalizante. Comprei o livro em um sebo do Rio de Janeiro, pela internet, sua capa tem a cor amarela (predominantemente) branca, vermelha e preta; o contorno desenhado de um corpo feminino com seios vultosos, prestes a se abrir para receber um teso vergalhão.

Sexus é parte de uma trilogia chamada “A crucificação encarnada”, à qual fazem parte Nexus e Plexus, este último encontra-se “indisponível” no site que me venderia os três livros, mas enfim, foda-se, uma vez que me encalhei na página 360, capítulo 17 deste bem-aventurado Sexus, caso tivesse comprado mais livros, estaria duplamente, triplamente encalhado.

Seguirei adiante na leitura a partir desta madrugada, deixarei o universo “henrymilleriano” realizar-se plenamente, serei uma espécie de canal místico, onde minha porra jorrará como uma cornucópia de prazer, tornando-me cada vez mais “eu mesmo”, ainda que conectado por similaridade anímica a este libertino escritor. Que a baixa divindade grega Príapos me assista em ereções prolongadas! E que não me faltem pornofonias para descrever a variedade de Sexus que se me apresenta diariamente!

Homem de preto
Enviado por Homem de preto em 16/03/2020
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