O escafandro e a borboleta.

Título Original: Le Scaphandre et le Papillon

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 112 minutos

Ano de Lançamento (França / EUA): 2007

Site Oficial: www.lescaphandre-lefilm.com

Estúdio: Pathé Renn Productions / France 3 Cinéma / Canal+ / Région Nord-Pas-de-Calais / The Kennedy/Marshall Company / C.R.R.A.V. Nord Pas de Calais / Ciné Cinémas / Banque Populaire Images 7

Distribuição: Miramax Films / Europa Filmes

Direção: Julian Schnabel

Roteiro: Ronald Harwood, baseado em livro de Jean-Dominique Bauby

Produção: Kathleen Kennedy e Jon Kilik

Música: Paul Cantelon

Fotografia: Janusz Kaminski

Desenho de Produção: Michel Eric e Laurent Ott

Figurino: Olivier Bériot

Edição: Juliette Welfling*

O filme “O escafandro e a borboleta” narra a extraordinária história de Jean-Dominique Bauby, homem francês, que aos 42 anos de idade é vítima de um Ataque Vascular Cerebral, ataque este que altera completamente os rumos de sua vida.

Bauby desenvolve, em decorrência desse derrame, uma rara síndrome, denominada de Síndrome de Locked-in, a qual o deixa totalmente paralisado dos pés à cabeça. O único movimento que permanece é o do seu olho esquerdo.

Após ficar em coma por três semanas, Bauby acorda e toma consciência do seu estado de saúde, pois embora a síndrome o deixe incomunicável e impotente de efetuar qualquer movimento, sua lucidez não sofre qualquer dano.

O filme é mostrado quase que totalmente do ponto de vista de Jean-Dominique, o que lhe dá um toque a mais de realidade e sentimento, mostrando as dificuldades e os dilemas pensados pelo protagonista. Em diversas passagens, pode-se ver o quanto Bauby se vê refém de sua própria condição, sentindo-se inferior aos outros. Em um momento em particular chega a desejar a própria morte, e sua frustração só se torna maior, pois ele não se sente livre nem para realizar tal intento.

É somente com a ajuda de seus familiares e dos médicos do hospital em que está internado que Bauby consegue superar esse período suicida e assim começar a ver a vida não como algo a que está condenado e sim como algo a ser vivido.

A primeira vitória de Jean-Do é quando ele consegue se comunicar com o mundo exterior, se bem que de uma maneira um tanto diferente. A sua logopeda, Henriette, começa a trabalhar com ele um sistema de comunicação no qual torna-se possível a comunicação dele com o mundo exterior por meio de palavras e frases, e não somente sim e não(o que ocorria antes do tratamento).

A partir daí Jean-Do percebe que cabe a ele aproveitar a vida que lhe resta da melhor maneira possível, passando a apreciar momentos simples como o de observar os filhos brincando na areia da praia.

Ao agir dessa maneira Jean-Do quebra o “escafandro” em que se encontrava preso e passa a se relacionar com o mundo à sua volta. A alusão à palavra no título do filme nada mais é que uma metáfora relacionada ao se sentir aprisionado dentro de si mesmo.

É nesse momento que Bauby resolve escrever um livro de memórias, de nome homônimo ao título do filme. Ele resolve relembrar toda a sua vida, seus amores, sua família e a importante figura de seu pai.

“O escafandro e a borboleta” constitui um filme de rara beleza, pois ao mesmo tempo em que mostra fria e cruamente a realidade e o sofrimento do protagonista, mostra também a sua vontade de viver, o seu encanto pela vida.

É verdade que Jean-Dominique Bauby não se recupera de sua doença, vindo a falecer apenas dez dias após o lançamento de seu livro. Porém a sua história deixa uma verdadeira lição de comprometimento e superação em relação ao bem viver.

Lançado em 2007, “O escafandro e a borboleta” foi premiado em diversos festivais como o de Cannes e no Globo de Ouro, mostrando que não são somente os filmes superficiais e sem conteúdo que têm espaço na galeria do cinema atual.

Com Mathieu Amalric(Jean-Dominique Bauby) e Emmanuelle Seigner (Céline Desmoulins).

*Fonte: http://www.adorocinema.com.br