Shoah – O holocausto
 
Há 65 anos as forças americanas derrubavam as cercas do campo de concentração de Buchenwald, localizado no centro da Alemanha, terminando simbolicamente com a matança de judeus perpetrada pelo regime nazista de Adolf Hitler. Os campos de concentração pontilhavam toda a área do domínio nazista, de leste a oeste, mais tarde alguns destes campos foram transformados em campos de extermínio onde morreram mais de seis milhões de judeus e outras etnias que os nazistas julgavam inimigas da Alemanha.
Antes de começar a resenha propriamente dita, é bom que se estabeleça que jamais existiu um holocausto nazista, erroneamente diz-se holocausto nazista, quando na verdade quer se dizer holocausto judeu, perpetrado pelo regime nazista.
Shoah, palavra hebraica que significa holocausto, destruição,  é o nome do filme de Claude Lanzmann, cineasta francês, que em 1985  apresentou-o ao mundo em forma de documentário, mas um filme sui generis, pois igual a ele até então nada mais existia.
Um filme sem as tradicionais cenas que convém a um documentário, sem  a dramaticidade que tal filme poderia trazer.
Porém a forma traz na sua essência bem mais comoção, pois trata-se de um filme de depoimentos de sobreviventes, expectadores e de alguns personagens, que faziam a  maquinaria nazista da morte, funcionar.
Durante as fases do filme, que varia conforme de onde se faz o download, no meu caso o fiz em quatro partes, e que ao final darei o endereço, o autor preocupou-se com 3 fases distintas do extermínio.
Refere-se à primeira fase ao campo de extermínio de Chelmno, lá ainda faziam a matança em caminhões, semelhante aos furgões de agora, desviando o escapamento do motor para dentro do ambiente cheio de pessoas, saturando-o com gás carbônico, causando a morte, e posteriormente estes corpos eram enterrados.
Na segunda fase vemos que a evolução da maquina de extermínio evoluíra, pois em
Treblinka, Auschwitz-Birquenau, já eram usados fornos crematórios e a morte vinha através de câmaras de gás.
Há que se verbalizar a sistemática da matança, pois é impossível imaginar por uma simples descrição, o que era morrer sob o regime nazista.
Houve uma desesperada corrida nazista do meio em diante da guerra, para se encontrar
uma solução, para que o extermínio de judeus fosse eficiente o bastante para que em pouco tempo toda a etnia judia fosse varrida da face da terra, por isso além das máquinas para matar, houve avanços para que psicologicamente os judeus não se revoltassem e fossem dirigidos aos campos da morte resignadamente.
Resumindo, maquiou-se a futura morte, com a promessa de trabalho, inclusiva retirando dos miseráveis o pouco que tinham como pagamento pelo futuro trabalho, isto antes do embarque para os campos de extermínio, que era feito de trens.
Muitos pela longa jornada em vagões destinado a animais, chegavam no destino mortos,
Sufocados por 10, 15 dias de viagem. Invariavelmente, ao chegar nos campos eram separados por condição física, os mais fortes a princípio era poupados para o trabalho, mulheres, crianças, doentes e velhos, passavam pela última artimanha nazista antes de morrerem: Em um local prévio, eram retiradas suas roupas, cortado seus cabelos, retirados os últimos pertences e preparavam todos para o “Banho de desinfecção”, iludidos e resignados eles caminhavam para dentro da câmara de gás, maquiada com chuveiros que nunca funcionaram.
Quando já havia 200, 250 pessoas dentro, travavam a porta por fora.
Por aberturas no teto jogavam o gás Zyklon B, pesticida a base de ácido cianídrico, cloro e nitrogênio, em contato com o ar o gás, antes sólido se gaseifica, causando asfixia e danos nos tecidos pulmonares, a morte é evidente e rápida.
Após, eram retirados e levados para o crematório e também invariavelmente em todos os campos o procedimento era padrão, e completamente secretos aos olhos de quem não ia morrer naquela hora, e muito mais ainda a quem estava longe dos campos da morte. Uns poucos escaparam, mas era tão perversa a maquinaria da morte que ninguém acredita existir tal prática, mesmo sendo praticado pelos nazistas.
Por isso o manto negro só se desfez após a guerra. A toda esta maquiavélica sistemática de extermínio deu-se o nome de “Solução Final”.
Finalmente na terceira fase o filme conta os tempos do gueto de Varsóvia, ali foram separados do resto do mundo pelo menos 500 mil pessoas, entre os judeus de Varsóvia e das cidades vizinha, a sua fundação, a insana luta para se tentar preservar pelo menos alguém da aniquilação, para que o estado judeu possível um dia, uns poucos sobreviveram, mas o ataque final que devastou o gueto teve seus heróis e o mais importante sobreviveram olhos para contar das atrocidades cometidas pelos nazistas.
Para finalizar, gostaria de dizer, e esta é uma observação minha, que o povo alemão sempre esteve ao largo desta aventura genocida de Adolf Hitler e seus seguidores,
é flagrante a dor de todos que prestaram seu depoimento para que o filme fosse feito,
e aqui estabeleço uma relação entre os judeus sobreviventes e os alemães depois da guerra, com certeza a dor judia é equivalente a vergonha alemã, por ter servido de referencia a tantas injustiças e pelo massacre de um povo que nem nação tinha e que foi quase exterminado pela simples razão de professar uma religião, a si próprio e a seus filhos.
Convido-os a assistirem este filme e lhes passo o endereço, num dos únicos site em que é possível fazer o download: 
http://cafesfilosoficos.wordpress.com/2010/01/12/shoah/ 

Edilson Souza
 
 
 
 
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 13/04/2010
Reeditado em 27/01/2014
Código do texto: T2194626
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