500 DIAS COM ELA (500 Days of Summer)

Aqui em casa gostamos de filmes. Cada um a sua maneira. Meu filho é o “fissurado” que basta ouvir os primeiros acordes de uma trilha sonora e já te conta o filme todo e detalhes do roteiro e da filmagem. Resumindo: o chato. Daquele tipo que não se convida para brincar de mímica. Minha filha é a tipica adolescente, ou seja, adora filmes com outras adolescentes e suas “problemáticas”. E eu, bem, eu sou a encantada. Não sei absolutamente nada de técnicas, história da arte cinematográfica e, muito menos, da vida ou carreira dos artistas.

Sou espectadora. O público alvo das distribuidoras de filmes: vou ao cinema, alugo e compro DVDs para rever zilhões de vezes.

500 Dias com Ela (500 Days of Summer) foi minha filha quem escolheu. Pelo título, pensei que fosse mais um filme “água com açúcar”. Não é.

Antes do letreiro vem o “Aviso do Autor”:

“O que vem a seguir é pura ficção. Qualquer semelhança

com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.”

Depois de uma pausa, continua:

“Especialmente você, Jenny Beckman.”

Outra pausa e:

Um palavrão que não vou repetir.

E ai entra uma voz masculina em off:

“Está é uma história de um cara que encontra uma garota. Não é uma história de amor.”

Enquanto o narrador nos apresenta a trama, vemos, na tela dividida em duas, cenas da vida do garoto e da garota crescendo.

“O garoto, Tom Hansen de Margate, New Jersey, cresceu acreditando que só seria feliz quando encontrasse a mulher da sua vida.”

“A garota, Summer Finn, de Shinnecock, Michigan, não compartilha dessa crença. Acredita que relacionamentos são efêmeros e que merecem ser vivenciados no presente sem criar expectativas para um futuro a dois.”

Nesse ponto viajei na maionese e relembrei o próprio crescimento dos meus filhos. Nem precisei fazer terapia para constatar que o amadurecimento de meninos e meninas é totalmente diferente e, principalmente, que a aparência de lindas bonequinhas alienadas escode garotas que sabem exatemente o que querem. E o filme mostra isso na personagem de Patricia Belcher que interpreta a irmã caçula de Tom. Apesar da diferença de idades ela age como a consciência do irmão.

Na tela, outra inovação. A história do casal não será contada paralelamente nem na ordem cronologicamente conhecida. Números entre parênteses vão nos mostrando quando os fatos aconteceram, por exemplo, no dia 1, Tom (Joseph Gordon-Levitt), um arquiteto que trabalha como escritor de cartões postais vê pela primeira vez a bella Summer (Zooey Deschanel), nova assistente do seu chefe. Depois, pulamos para o dia 115 ou 229 para voltarmos para o dia 6 ou 31, e assim por diante. Nesse vai-e-vem dos dias, acompanhamos os altos e baixos do relacionamento entre eles.

Segundo alguns críticos, trata-se de uma narrativa não-linear, ou “desconstrução cronológica” criada pelos roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber como afirma Marc Webb no texto publicado no site: 50 Anos de Cinema. Weber faz várias referências de filmes, cantores e músicas abordados em “500 Dias com Ela”.

Nem vou perguntar se meu filho já leu ou se conhece esse tal de Webb.

Voltando ao filme, no dia 400 e pouco, uma cena resume tudo: EXPECTATIVA X REALIDADE.

Depois desses 500 dias pode-se concluir que todos nós um dia lutaremos com a razão e a sensibilidade para que o amor possa fazer sentido... e se torne real. Nem que para isso nos revezemos nos papéis do ridículo e dos choramingos.

O que importa é amar.

Não é Jenny Beckman? kkkkkkk

Bom fim de semana.

Joseph Gordon-Levitt (Tom)

Zooey Deschanel (Summer)

Geoffrey Arend (McKenzie)

Olivia Howard Bagg (Summer - Age 12)

Patricia Belcher (Millie)

Cody Matthew Blymire (Wedding Guest)

Rachel Boston

Yvette Nicole Brown (New Secretary)

Catherine Campion (Bride)

Joshua Collins (Co-worker #3)

Chris Connell (Marcus)

Adam Emery (Tom - Age 12)

Maile Flanagan (Co-worker Rhoda)

Jenn Gotzon (Coffee House Waitress)

Etelvina de Oliveira
Enviado por Etelvina de Oliveira em 05/06/2010
Código do texto: T2301303
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.