O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain, 2001, Jean-Pierre Jeunet)

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain :

Antes de começar a falar sobre o filme é bom ressaltar que o cinema francês é tão bom quanto o americano, guardando umas proporções culturais , mas que vem crescendo em espaço de divulgação o que torna o trabalho sempre crescente. Com novos campos de divulgação produtos de outras partes do mundo não só dos EUA chegam a nós aqui no Rio e em Sampa com maior frequência.

Amélie Poulan é um filme ótimo e bastante divertido. Na abertura do filme ele já identifica-nos com a personagem apenas exibindo situações em que ela brinca e faz coisas que todas as crianças fazem criando logo um laço entre o personagem e o espectador. Brincadeiras como rodar uma moeda , passar cola no dedo e tirar a casquinha que se forma, balançar as mãos rapidamente nos ouvidos para ver o som que faz etc. Mas nem tudo é festa na vida de Amélie que perde a mãe na infância ( de um modo não muito usual ) e vive com o pai até completar a idade de ir viver sozinha. Trabalhando como garçonete acaba por se envolver em um jogo durante o filme , o jogo de tentar consertar o problema dos que a rodeiam e é a partir daí que o filme ganha sua magia.

Com métodos não muito usuais ela começa a solucionar casos de problemáticos a sua volta como por exemplo aproximar um solteirão de um hipocondríaca. Em sequências rápidas e engraçadas ela vai resolvendo os problemas das pessoas mas se esquece de um dos problemas mais importantes , ela mesma. Sempre fugindo de seus problemas e traumas ela acaba sempre afastando de si a sua solução.

Nada em Amélie é normal , com situações inusitadas , um album de retrados amassados , um anão viajante e os elementos mais loucos possíveis Poulan tem seu estilo , ritmo e história próprios o que fazem num conjunto um bom filme que diverte e prende o espectador na cadeira até o final. A fotografia do filme também merece destaque sempre colocando o clima certo de cada cena. Com uma direção segura e confiante Amélie em nenhum momento deixa o espectador dormir ou até querer encher o refil da pipoca pois a magia dela nos pega e só larga quando os créditos aparecem.

Mais uma prova que cinema de qualidade não significa cinema americano.

leandroDiniz
Enviado por leandroDiniz em 06/07/2005
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