Reencontrando a Felicidade - Rabbit Hole
Como sempre, aluguei o filme pelo título. Esperava um dramalhão com cenas de superação para deixar qualquer super herói com inveja. Afinal, “Reencontrando a felicidade” só poderia ser aquela coisa típica de filmes americanos onde o herói é metralhado e não morre.
Fiquei surpresa. Com o filme e comigo mesma. Não chorei! Nadica de nada.
Não que o tema não seja comovente, mas logo nas primeiras cenas o espectador já vai deduzindo do quê se trata. Então você fica esperando as cenas previsíveis de sempre, Espera, espera, espera.... e elas não vêem. E como nada do que você espera acontece, você fica atento a cada cena. Parece que no cavar da terra no jardim algo estranho ira saltar por entre as flores. Mais adiante, na cena em que o marido acaricia as costas da esposa seu inconsciente fica alerta: agora vem a cena de sexo. Nada!
Putz, aparece um adolescente no filme. Pronto, daqui pra frente a coisa vai entrar nos eixos. Nadica de nada. Enfim, ao meu ver, está é a grande sacada do autor da peça e roteirista do filme, David Lindsay-Abaire: descrever o indescritível.
Quem nunca passou por uma perda? Quem nunca viu, ao vivo, ou em filmes e teatros, cenas de desespero diante da morte? O que você diria? Veja o filme. Vale a pena.
As vezes, o melhor a fazer é sentar e esperar o próximo passo. Isso fica ainda mais fácil se quem você ama segura sua mão.
Bom filme!
Direção:
John Cameron Mitchell
Roteiro:
David Lindsay-Abaire
Elenco:
Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Miles Teller, Dianne Wiest, Sandra Oh, Tammy Blanchard