O Labirinto do Fauno

A maioria do público inicial de “O labirinto do fauno” pensou que o título significaria diversão garantida para as crianças, ou simplesmente mais um filme leve para completar o fim de semana. Tal público era composto em sua maioria pelos tradicionais “cinéfilos pipoca” – público acostumado aos grandes filmes americanos – que, ao se depararem com o título, tiveram a errônea impressão de que O Labirinto era somente mais um filme de entretenimento familiar. Saíram decepcionados, pois assistiram um filme profundo, com cenas de violência e chamado por muitos com a irônica e, outrora contraditória, designação de “Um conto de fadas para adultos”.

O filme, uma co-produção espanhola e mexicana, escrito e dirigido pelo mexicano Guillermo del Toro, muito difere dos grandes blockbusters no que se refere ao tema, aproximando-se deles somente no que diz respeito ao apuro da arte técnica. “El Laberinto del Fauno”,título original, ganhou nada menos que três oscars nas categorias técnicas, – maquiagem, direção de arte e fotografia - prêmios que geralmente vão para os grandes estúdios americanos, velhos gigantes nessa área.

O filme conta a história de Ofélia, menina órfã de pai, durante a pós-Guerra Civil espanhola na década de 40. Junto com a mãe, que está grávida após se casar com um capitão fascista, Ofélia parte para uma zona rural no norte do país para encontrar o padrasto.

É nesse cenário que aparece O labirinto e o fauno do título, despertando a imaginação e a curiosidade da menina.

Assim segue a história, numa linha imaginária entre a realidade e a fantasia. Adicione-se a isso interpretações comoventes e uma paisagem belíssima.

TMB
Enviado por TMB em 03/03/2007
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