A Ilha (The Island – Michael Bay – 2005)

A Ilha (The Island – Michael Bay – 2005)

Lincoln Six Echo e Jordan Two Delta são dois moradores de um complexo altamente avançado que protege seus cidadãos da contaminação que se espalhou pelo mundo, afim de proteger seus habitantes o complexo é altamente eficiente no controle de suas funções vitais, como analisar a urina do morador no mesmo tempo em que esse a está fazendo, ditando a melhor dieta alimentar do dia de acordo com deficiências constatadas nos exames e ainda por cima tendo uma idéia do estado psicológico da pessoa.

Em um ambiente estéril todos usam a mesma roupa, branca com detalhes em preto, mas bem única. Todos têm seus trabalhos e diversões, todas programadas para serem o mais eficiente possível. E tem-se a Loteria, que premia um cidadão do complexo para ir ao último paraíso remanescente na Terra, A Ilha.

A loteria é a chance de todos de sair daquele lugar e começar uma vida nova, mergulhando nas águas naturais, correndo ao ar livre e constituindo uma família, já que ali o contato íntimo é proibido, alarmando os seguranças com o Nível de Proximidade, esses sempre preparados para separar os produtos que estão muito próximos.

Como minha crítica o filme é assim, explicativo, cuidadoso ao criar o ambiente de seus personagens e explicá-los, o que é bastante significativo em um filme blockbuster dirigido por Michael Bay, dono de coisas como Armagedon e Pearl Harbor, onde os personagens eram tão ralos como uma poça d´água na rua.

Os problemas começam a acontecer quando Six Echo começa a se questionar do porque daquilo tudo. Tendo o mesmo sonhos todas as noites, esse que não é explicável, ele fica inquieto e curioso. A partir daí a coisa começa a tomar rumos cada vez mais profundos até surgir a explicação de toda aquela coisa.

Mais uma vez o filme nos agrada com momentos tensos e belos que refletem muito bem o estado de espírito dos protagonistas, redescobrindo suas existências a cada nova frase e a cada nova experiência.

Questionamentos esses já antes levantados por Matrix, misturando muito de Admirável Mundo Novo e colocando uma pitada de tudo o que já se processou ao longo dos anos o roteiro cria um embasamento pra lá de único se considerarmos que é um filme de ação, ficando com cara de ficção científica.

Depois que nossos protagonistas fogem do complexo e fazem suas descobertas a coisa vira. O filme torna-se um autentico filme de ação. Dos melhores. Aqueles que o espectador não tem tempo nem de piscar pra não perder o ultimo carro voando ou a ultima explosão.

Com tiros, helicópteros, vipers (máquinas voadoras do futuro), caminhões, carros e tudo que você imaginar as cenas vão nos recheando com aquela dose incessante de feitos veneráveis do modo visual e auditivo.

Tudo bem que a trama perde força na segunda metade do filme, já que a ação tem que vir a tela, deixando uma lacuna entre as duas partes, o que por mim foi totalmente ignorado na hora da projeção.

O final do filme nos ressalta o mito do altruísmo e do heroísmo tendo lugar até para briga de mocinho e bandido na ponte onde eles ficam pendurados (alguém já não viu tal cena algumas dezenas de vezes ao longo dos últimos anos?). Com uma tentativa de mostrar profundidade em um dos personagens do filme o final fica fraco, mas continua acima do nível. Deixando de lado os pequenos defeitos da trama e considerando que tanto a parte sci-fi quanto a parte de ação são muito bem feitas o filme fica como melhor coisa que Michael Bay já fez e com louvor.

leandroDiniz
Enviado por leandroDiniz em 06/08/2005
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