Resenha crítica filme: DIÁRIO DE UMA LOUCA

Estrelando Kimberly Elise, no papel de Helen. Filme de 2004, o que era para ser uma comédia com uma avó hilariante defendendo os interesses pós divórcio da neta, passa a um drama de cunho sentimental, épico e humano, e principalmente de amor verdadeiro confrontando com as intempéries da vida, ao final da trama. Assisti pelo Cinemax.

Helen é uma mulher simples, que dedicou-se a um casamento de 18 anos com Charles, turbulento e briguento, o marido não a tratava a altura, servia mais como empregada, mãe e escrava do valor excessivo ao dinheiro que o marido despendeu.

Ocorre que Charles simplesmente a troca por outra, mais jovem, desprendida, e que diz saber “segurar um homem”. Quando sua avó fica sabendo, entram na casa que por direito também seriam de Helen e encontram vestidos e roupas da nova mulher, fazendo a maior algazarra, rasgando, enfim, em um sentimento vingativo. Charles fica quase que inerte a situação, frio, como sempre. Com isso a vida passa a ser fria também, apesar de tudo amava o marido, resguardando os segredos de um coração de mulher. Procura então a mãe, muito religiosa, que já a tempo não via, que por sua vez a conforta.

O advogado da família que tratava do divórcio parecia passar por problema semelhante, pois sua esposa entregue as drogas, fazia sofrer a filhinha com sua ausência, depois que o pai não suportou mais sua presença sob o mesmo teto. Roubava e mentia. Era uma trama paralela.

Charles sofre um processo contra uma de suas falcatruas e resumidamente, é baleado na sessão. Já no hospital, o médico questiona sobre o que deve fazer já que ele teria sequelas e dificilmente voltaria a andar. A nova companheira decide que deveria desligar os aparelhos pois ele “não suportaria viver assim” mas a palavra final é de Helen, esposa oficial, que decide que devem fazer tudo o que está ao alcance da medicina por Charles. Ele acorda a seu lado após noites e vão para casa, onde ela o alimenta e cuida, demonstrando amor ou sentimento de vingança não se sabe ao certo, o filme deixa ao entendimento e interpretação de quem assiste. Ela deixa claro que a velha Helen já não existe e o questiona porque agiu daquela forma, o que ganhou com isso, aos gritos, empurra o prato de comida sobre ele, o derruba na banheira, enfim, em vários acessos de fúria, onde ele parecia até bastante resignado e em certos momentos até arrependido (visão pessoal).

O que não foi citado aqui é que neste meio tempo Helen conhece um rapaz, que a oferece carona e eles jantam e conversam. Bastante resistente no inicio, foi cedendo conforme as gentilezas que a muito não recebia foram lhe sendo agradáveis e ternas, convincentes e de fato eram. Ela o deixa para cuidar do marido após estarem já noivos...

Nesse ínterim, entrementes, Charles vai melhorando. Em um certo jantar de família, ela o beija no rosto, fala que sempre será sua amiga mas que decidiria ir atrás do homem de sua vida. É aplaudida pela família e sai no mesmo instante à fabrica onde trabalhava o amado. Eles se encontram ele a toma nos braços dizendo “essa mulher me ama, ela quer casar comigo” causando grande comoção. Um final feliz para um belíssimo filme, com enredo triste porém vitorioso no amor. Sabe-se também que a esposa do advogado voltou a cantar na igreja se reabilitando também, outra cena bastante incentivadora do filme. A mensagem é que nunca é tarde para sermos melhores e também exercitarmos nossa compaixão da forma mais sadia possível. Vale a pena assistir.

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Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 10/05/2013
Código do texto: T4283369
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