Psycho Pass 20: Akane descobre a verdade
PSYCHO PASS 20: AKANE DESCOBRE A VERDADE
Miguel Carqueija
O Japão encontra-se sob risco mortal. Decidido a aproveitar os cinco dias que restam com o sistema de segurança parcialmente inoperante, Makishima Shougo resolve arruinar o sistema alimentar do país, baseado na hiperaveia de recente invenção. Para tanto, intenta sabotar o Laboratório da Universidade Izumo e o Celeiro de Hokuriku e, após obter algumas informações com o aposentado inventor Kudama Nobuaki, não hesita em assassiná-lo barbaramente. Entretanto Kougami Shinya, seguindo a pista do assassino, chega tardiamente à cena do crime e, levado por sua capacidade dedutiva, segue adiante, deixando uma pista para a Inspetora Tsunemori Akane.
Akane porém acaba de fazer uma descoberta estarrecedora. Chamada pelo próprio Sistema Sybil ela chega ao subterrâneo da Torre 9, onde Kagari desapareceu, e um complexo aparato de segurança vai abrindo passagens secretas. Finalmente ela chega a uma espécie de praça interna de aparência surreal onde avista o que parece ser um gigantesco cérebro exposto e alimentado por cabos, enquanto uma voz eletrônica fala com ela, explicando terem aberto uma excessão com ela, revelando-lhe a verdade por suas qualidades excepcionais. Em outras palavras o Sistema considerou Akane confiável, pelo seu senso de honestidade e sua disposição de defender a ordem estabelecida.
O Sistema Sybil não é apenas constituído de máquinas programadas para executar a Justiça; por trás de tudo está o cérebro-conglomerado, que reúne mais de duzentos cérebros humanos, dos chamados “perdoados”, indivíduos que escapavam a detecção “cimática” do componente criminal das personalidades. Percebendo enfim que “aquilo” de alguma forma havia assassinado o coator Kagari, Akane irrita-se a um ponto ainda não visto na série, travando intensa discussão com a impassível entidade.
Resenha do episódio 20 ( Onde a Justiça está) do animê “Psycho Pass”, produzido por Koji Yamamoto e outros, e dirigido por Katsuyuki Motohiro – Production I.G., Japão, 2012-2013.
“Podemos confiar a administração do sistema aos que o driblam. Esta é a solução mais lógica.”
(Sistema Sybila)
“Quer dizer que a Sybil é um monstro formado pelos cérebros das pessoas más e além disso controla o mundo?”
(Tsunemori Akane)
“No momento você nos detesta emocionalmente e nos odeia por instinto. E mesmo assim você é incapaz de negar a importância e a necessidade do Sistema Sybil. Você aceita o fato de que a atual ordem social não pode ser mantida sem o Sybil.”
(Sistema Sybila)
“Você reconhece que a sociedade pacífica atual e a harmonia obtidas através da ordem e do bem-estar dos cidadãos são mais importantes que o resto. Logo não importa o quanto você odeie ou negue o Sistema Sybil, na base de todas essas coisas você não consegue rejeitá-lo.”
(Sistema Sybila)
Poucos animês possuem a força emocional e dramática de “Psycho Pass”, obra-prima da ficção científica-policial e que demonstra a pujança da animação japonesa na atual década.
Este episódio 20 (a primeira temporada tem 22) prossegue a pontuação dramática crescente da série, com os personagens principais convergindo para a batalha final. Akane, finalmente sabedora da verdade por trás do sistema, faz um acordo com a Entidade: tentará capturar Makishima vivo (pois o sistema pretende apenas incorporá-lo, aproveitando seu potencial intelectual) em troca de suspenderem a ordem de execução do fugitivo ex-justiceiro Kougami. A barganha é feita quando, já no carro e comunicando-se com a Entidade pela arma donminator, Akane deixa claro que prefere morrer a trair Kougami, e que será capaz de matar Makishima com as próprias mãos.
A idéia de que criminosos perversos formem o cérebro de conglomerado repugna Akane; a Entidade alega que o bem que o sistema trouxe à sociedade japonesa já compensou os crimes do passado. A série não explica como se montou um tal sistema, mas na verdade isso já é coisa do passado, pelo menos vinte anos antes.
Retornando à Divisão 1 e investigando o assassinato (mais um) de Kudama, Akane encontra um Inspetor Ginoza apático e quase impotente, que silencia enquanto a jovem inspetora descobre na garganta dilacerada de Kudama o disco com a mensagem de Kougami. Com plena autoridade Akane ordena ao drone que acompanha os policiais (não esqueçam que isso é no futuro) a varredura que revela a gravação e em seguida pede luvas. Masaoka fica espantado: "Ei, deixe isso para a Perícia!" Mas Akane não lhe dá ouvidos: Makishima e Kougami estão à frente da polícia, não há tempo a perder. Diante da performance brilhante de Akane o Inspetor Ginoza, que antes lhe dava ordens e já agora a admira, silencia.
Agora a Divisão 1 já sabe que a intenção de Makishima é sabotar o sistema alimentar do país, obrigando o governo a abrir a nação e arruinando o Sybil; e já sabem que Kougami seguiu para confrontar o “serial killer”. A Divisão 1, agora bem reduzida (Akane, Ginoza, Masaoka e Kunizuka) está numa corrida contra o tempo: salvar o Japão de uma catástrofe sem precedentes e impedir Kougami de fazer justiça com as próprias mãos...
PSYCHO PASS 20: AKANE DESCOBRE A VERDADE
Miguel Carqueija
O Japão encontra-se sob risco mortal. Decidido a aproveitar os cinco dias que restam com o sistema de segurança parcialmente inoperante, Makishima Shougo resolve arruinar o sistema alimentar do país, baseado na hiperaveia de recente invenção. Para tanto, intenta sabotar o Laboratório da Universidade Izumo e o Celeiro de Hokuriku e, após obter algumas informações com o aposentado inventor Kudama Nobuaki, não hesita em assassiná-lo barbaramente. Entretanto Kougami Shinya, seguindo a pista do assassino, chega tardiamente à cena do crime e, levado por sua capacidade dedutiva, segue adiante, deixando uma pista para a Inspetora Tsunemori Akane.
Akane porém acaba de fazer uma descoberta estarrecedora. Chamada pelo próprio Sistema Sybil ela chega ao subterrâneo da Torre 9, onde Kagari desapareceu, e um complexo aparato de segurança vai abrindo passagens secretas. Finalmente ela chega a uma espécie de praça interna de aparência surreal onde avista o que parece ser um gigantesco cérebro exposto e alimentado por cabos, enquanto uma voz eletrônica fala com ela, explicando terem aberto uma excessão com ela, revelando-lhe a verdade por suas qualidades excepcionais. Em outras palavras o Sistema considerou Akane confiável, pelo seu senso de honestidade e sua disposição de defender a ordem estabelecida.
O Sistema Sybil não é apenas constituído de máquinas programadas para executar a Justiça; por trás de tudo está o cérebro-conglomerado, que reúne mais de duzentos cérebros humanos, dos chamados “perdoados”, indivíduos que escapavam a detecção “cimática” do componente criminal das personalidades. Percebendo enfim que “aquilo” de alguma forma havia assassinado o coator Kagari, Akane irrita-se a um ponto ainda não visto na série, travando intensa discussão com a impassível entidade.
Resenha do episódio 20 ( Onde a Justiça está) do animê “Psycho Pass”, produzido por Koji Yamamoto e outros, e dirigido por Katsuyuki Motohiro – Production I.G., Japão, 2012-2013.
“Podemos confiar a administração do sistema aos que o driblam. Esta é a solução mais lógica.”
(Sistema Sybila)
“Quer dizer que a Sybil é um monstro formado pelos cérebros das pessoas más e além disso controla o mundo?”
(Tsunemori Akane)
“No momento você nos detesta emocionalmente e nos odeia por instinto. E mesmo assim você é incapaz de negar a importância e a necessidade do Sistema Sybil. Você aceita o fato de que a atual ordem social não pode ser mantida sem o Sybil.”
(Sistema Sybila)
“Você reconhece que a sociedade pacífica atual e a harmonia obtidas através da ordem e do bem-estar dos cidadãos são mais importantes que o resto. Logo não importa o quanto você odeie ou negue o Sistema Sybil, na base de todas essas coisas você não consegue rejeitá-lo.”
(Sistema Sybila)
Poucos animês possuem a força emocional e dramática de “Psycho Pass”, obra-prima da ficção científica-policial e que demonstra a pujança da animação japonesa na atual década.
Este episódio 20 (a primeira temporada tem 22) prossegue a pontuação dramática crescente da série, com os personagens principais convergindo para a batalha final. Akane, finalmente sabedora da verdade por trás do sistema, faz um acordo com a Entidade: tentará capturar Makishima vivo (pois o sistema pretende apenas incorporá-lo, aproveitando seu potencial intelectual) em troca de suspenderem a ordem de execução do fugitivo ex-justiceiro Kougami. A barganha é feita quando, já no carro e comunicando-se com a Entidade pela arma donminator, Akane deixa claro que prefere morrer a trair Kougami, e que será capaz de matar Makishima com as próprias mãos.
A idéia de que criminosos perversos formem o cérebro de conglomerado repugna Akane; a Entidade alega que o bem que o sistema trouxe à sociedade japonesa já compensou os crimes do passado. A série não explica como se montou um tal sistema, mas na verdade isso já é coisa do passado, pelo menos vinte anos antes.
Retornando à Divisão 1 e investigando o assassinato (mais um) de Kudama, Akane encontra um Inspetor Ginoza apático e quase impotente, que silencia enquanto a jovem inspetora descobre na garganta dilacerada de Kudama o disco com a mensagem de Kougami. Com plena autoridade Akane ordena ao drone que acompanha os policiais (não esqueçam que isso é no futuro) a varredura que revela a gravação e em seguida pede luvas. Masaoka fica espantado: "Ei, deixe isso para a Perícia!" Mas Akane não lhe dá ouvidos: Makishima e Kougami estão à frente da polícia, não há tempo a perder. Diante da performance brilhante de Akane o Inspetor Ginoza, que antes lhe dava ordens e já agora a admira, silencia.
Agora a Divisão 1 já sabe que a intenção de Makishima é sabotar o sistema alimentar do país, obrigando o governo a abrir a nação e arruinando o Sybil; e já sabem que Kougami seguiu para confrontar o “serial killer”. A Divisão 1, agora bem reduzida (Akane, Ginoza, Masaoka e Kunizuka) está numa corrida contra o tempo: salvar o Japão de uma catástrofe sem precedentes e impedir Kougami de fazer justiça com as próprias mãos...