O destino de uma nação

Acabei de ver o filme “O destino de uma nação”, biografia de uma parte da vida de Churchill a partir de maio de 1940 quando um acaso histórico o instala na Downing Street Nº 10 como primeiro ministro britânico em plena expansão da ocupação alemã na Europa. É o cinema exigindo de si atenção aos detalhes, desde a fotografia em ângulos coloquiais (nada a ver como chato plano aproximado usado nas novelas brasileiras – que, diga-se de passagem, estão diminuindo) que contribuem para que o espectador esteja mais inserido nas cenas, passando pela boa reconstituição de época e, principalmente, contando com a excelente atuação de Gary Oldman como o Churchill. O diretor Joe Wright, já conhecido por dirigir Anna Karenina, Desejo e Reparação, Peter Pan, Orgulho e Preconceito entre outros, manteve um ritmo difícil de conseguir quando o assunto é o rebuscado e sutil universo político da Inglaterra à beira de uma invasão. Quem viu o filme “Dunkirk”, percebe que “O destino de uma nação” é o outro lado da moeda, onde se trava a batalha das decisões da vida de quem está no front. Uma das principais incursões no personagem principal é a forma convincente como se mostra seu gênio difícil e seus vícios em bebidas alcoólicas e tabaco, além dos exageros alimentares. Principalmente para quem não está familiarizado com os eventos, seria interessante ver os dois filmes (o outro é o Dunkirk).