Águas Rasas

SERRA, Jaume Collet. Águas Rasas. Columbia Pictures, 2016. Diretor, produtor e produtor executivo, nascido em Barcelona na Espanha em 23 de março de 1974, aos 43 anos está à frente da produção de grandes filmes no cinema, em destaque a Casa de Cera, o filme que marcou sua estreia no cinema.

Davi Alves Silva

Roselene Feiteiro de Melo

A obra cinematográfica “Águas Rasas” relata um suspense frenético na dura missão de sobrevivência da personagem Nancy, que é interpretada pela atriz Blake Lively, totalmente ilhada em uma pequena rocha em meio ao mar. A personagem luta ferozmente contra os ataques de um tubarão que rodeava as margens da praia após se alimentar de uma baleia, que a atriz achara posteriormente, invadindo o território do animal, resultando que o esqualo tentasse incansavelmente capturar sua preza Nancy, para se alimentar. O enredo do longa-metragem também abre um leque para diversas visões críticas para o telespectador, a incansável resistência da personagem nos remete a discutir de que desistir não é uma opção, o que nos leva a compararmos isso com diversas situações do dia a dia, sonhos e metas, a persistência do cotidiano, que faz pensar em situações da sobrevivência do mais forte, do que se adapta melhor e do que se sobressai. A forma como a atriz lida com os acontecimentos durante o filme é um dos aspectos que mais chama a atenção, pois em seu passado havia estudado em uma faculdade de medicina, o que a ajudou em diversos aspectos durante a narrativa, demonstrando assim o poder do conhecimento, que naquele caso, foi de extrema importância para a sua supervivência, pois salvou a sua vida. Mesmo com a árdua tarefa, Nancy não esqueceu um dos fatores que a levara naquela praia paradisíaca, sua família, através da tecnologia, que também a ajudou a conseguir sair daquela situação, à atriz interpretou o papel de filha e de irmã, gravando um vídeo para seus entes queridos, parte crucial da exibição para percebermos, que no final de tudo, a família é o que importa, elevando a carisma com o telespectador, fazendo-o refletir sobre o que é mais importante na vida. A cena lembra-nos o motivo de Nancy ter ido surfar naquela praia, a saudade e a dor do luto, a fez querer se sentir mais próxima de sua falecida mãe, através do que as duas tinham em comum, o surf, o que a fez ir praticar o esporte nas águas que sua figura materna também esteve sobre uma prancha. Infelizmente após isso a história toma um caminho de medo e pavor pelo resto da obra cinematográfica. E através dessas e de mais outras reflexões podemos ter uma conclusão da cena final, que a mostra com sua família reunida, seu pai e sua irmã, mesmo com tudo que aconteceu, e com cicatrizes no corpo, Nancy volta a surfar, e agora acompanhada de sua irmã mais nova, mostrando que não devemos nos dar por vencidos não importando o que nos tenha acontecido. A cena de união da família nos remete a um olhar de superação do que havia acontecido, e com a frase do seu pai: “Nancy, sua mãe ficaria orgulhosa das duas...”, nos faz entender de que a atriz seguiu em frente com seus sonhos, assim como a mãe, o que a orgulharia pela mulher que as duas se tornaram, através da superação de deus obstáculos. A irmã também a chama de Doutora Nancy o que nos faz perceber que a personagem também voltou à faculdade de medicina, nos levando mais uma vez a perceber que a barreira para nossos sonhos e planos, não existe.