IRMÃO SOL, IRMÃ LUA
(Fratello sole, sorella luna – Reino Unido-Itália -1972)

Este filme foi relembrado hoje pela TV Aparecida. Um dos filmes mais bonitos que eu assisti sobre a vida de São Francisco de Assis. Acho que já publiquei esta
minha resenha. Mas vale a pena repetir!
Nair Lúcia de Britto.


Franco Zeffirelli recebeu indicação para o Oscar na categoria de melhor direção por este filme magnífico; uma verdadeira obra de arte para ver, rever, querer ver outra vez e se emocionar sempre…
O filme foi inspirado na trajetória de vida de São Francisco de Assis. O ator Graham Faulkner interpreta Francisco com tamanha maestria que dá a nítida impressão de estarmos diante do próprio santo.
São Francisco nasceu na Itália, numa cidadezinha chamada Assis. Seus pais eram prósperos comerciantes de tecido e, na sua juventude, tinha todos os privilégios que o dinheiro oferece.

Ao lado dos amigos, o jovem Francisco parte para a guerra, todo animado, julgando estar a caminho de uma grande aventura. Mas retornou todo machucado e decepcionado. Próximo de sua casa ele cai desmaido em razão da gravidade de seus ferimentos; e, sob os amorosos cuidados da mãe, permanece vários dias desacordado.

Quando finalmente desperta, confuso e aturdido, Francisco estava só em seu quarto e ainda sob efeito das terríveis lembranças da guerra. Levantou-se da cama e, pela janela, viu um passarinho sobre o telhado da casa. Encantado com aquela visão singela, saiu do quarto pelo telhado e aproximou-se da pequena ave para acarinhá-la. Depois, pulou para a rua e saiu correndo pelos belos prados; imensamente feliz por estar livre daquele terrível pesadelo que era a guerra… Admirou o céu azul, as borboletas, as flores. Tudo o maravilhava, como se estivesse vendo pela primeira vez toda aquela beleza, que seus olhos jamais haviam notado.

Dando-se conta do valor da vida e da natureza, volta para casa correndo para contar sua grande descoberta! A de que a verdadeira felicidade não estava nas riquezas materiais; mas sim nas riquezas da natureza, oferecidas por Deus a todos nós. E que eram infinitamente mais belas…  
Falava tão empolgado; que foi atirando as mercadorias da loja do seu pai pela janela; para que os pobres na rua a recolhecem e pudessem ter meios de saciar sua fome.
Furioso, o pai começou a esmurrá-lo…

Depois levou-o até a Igreja, para que explicasse diante do bispo o que significava tamanha loucura! Francisco conta que fora iluminado por Deus, e só então reconhecia as verdadeiras riquezas da Terra. Depois tira as roupas para devolvê-las ao pai; e vai embora, nu, em busca do seu novo caminho.

Dois amigos juntam-se a ele. Clara, outra amiga, também o apóia. Depois de longa jornada, ele encontra uma Igreja de pedras, em ruína. Então começa a reconstruí-la, pedra sobre pedra. Uma Igreja rústica, mas acolhedora e amorosa, onde os pobres e doentes eram auxiliados.

Mas fica arrasado quando um dos seus seguidores, que o ajudara a reconstruir a Igreja, morre ao tentar impedir que os soldados do bispo a derrubassem. Francisco resolve ir à Roma para explicar ao Papa que seus ideais eram baseados no amor e na caridade.
A princípio os guardas do bispo tentam prendê-lo e puni-lo como herege; mas, depois, diante do comovente discurso de Franciso, o Papa reconhece seus valores, o abençoa e o liberta.

As canções da trilha sonora do filme são maravilhosas e as fotografias, deslumbrantes!
 
Este foi o único filme do ator Graham Faulkner; além alguns trabalhos de menor relevância. Talvez influenciado pelas castas idéias de São Francisco de Assis, ele trocou a promissora carreira de ator para ser bancário; tendo até hoje uma vida simples e feliz com sua família.

 
Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 13/09/2020
Reeditado em 13/09/2020
Código do texto: T7062376
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