Interestelar – Resenha

Dirigido por Cristopher Nolan e lançado em 2014, esta incrível ficção científica conta com um excelente elenco composto por atores aclamados como Michael Caine, Anne Hattaway, Wes Bentley e Matt Damon, o que garante uma atuação impecável. Vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Visuais, trata-se de uma Space Opera extremamente bem elaborada.

A trama é ambientada num futuro não determinado cronologicamente e foca no Engenheiro e piloto espacial Cooper, (Matthew McConaughey) que vive numa fazenda com seu sogro e seu casal de filhos, Tom e Murphy (Referência ao engenheiro aeroespacial Edward Murphy, criador das famosas “Leis de Murphy”). A Terra está sendo assolada por pragas e catástrofes climáticas, ameaçando a sobrevivência da humanidade.

Cooper e Murphy descobrem “acidentalmente” uma base secreta da NASA, comandada pelo antigo orientador de Cooper, o professor Brand. O professor revela um plano ousado para salvar a humanidade: uma viagem interestelar através de um “buraco de minhoca” (atalho intergaláctico formado por uma dobra espaço-temporal) na busca de um planeta habitável, que se iniciou com as missões Lázaro (referência à personagem bíblica ressuscitada por Jesus).

Na viagem, Cooper é acompanhado da filha do professor, a Dra Amelia Brand, do cientista Romilly, do físico planetário Doyle, além dos robôs TARS e CASE. TARS é um anagrama de STAR, que significa estrela e seu formato relocubra bastante os monólitos alienígenas de 2001: Uma odisseia no espaço.

Para evitar spoilers, não vou mencionar mais da estória. Porém ressalto que o filme faz incríveis referências, desde as sutis (Como referencia à Mecânica Hamiltoniana, do matemático irlandês William Rowan Hamilton, pelo relógio da marca Hamilton da Murphy) até as mais diretas, como o “Eureka” de Arquimedes. Referências à vários autores e cientistas podem ser observadas pelos mais atentos, como a referência ao químico Stanley Miller (planeta Miller), à Sherlock Holmes de Conan Doyle e ao Stephen King. Há também uma referência forte ao escritor francês François Rebelais no nome do buraco negro "Gargântua", nome de uma personagem gigante de seus livros.

O filme é uma verdadeira aula de astronavegação, relatividade temporal e multidimensionalidade que faz qualquer fã de Sci-Fi ficar de boca aberta, e deixando uma belíssima mensagem sobre como o amor é poderoso e atravessa as barreiras do espaço e tempo.