Filme de pirataria
FILME DE PIRATARIA
Miguel Carqueija
Resenha do filme “Contra todas as bandeiras”. Universal, EUA, 1952. Produção: Howard Christie. Direção: George Sherman e Douglas Sirk. Roteiro: Eneas MacKenzie, Joseph Hoffman. Música: Hans J. Salter. Fotografia: Russell Metty.
Elenco:
Errol Flynn.......................Brian Hawke
Maureen O”Hara............Prudence “Spitfire” Stevens
Anthony Quinn...............Roc Brasiliano
Alice Kelley.....................Princesa Patma
Mildred Natwick.............Molvina Mac Gregor
Robert Natwick...............Capitão Kidd
Apesar do elenco de estrelas é mais uma obra medíocre de Hollywood, ainda no seu esplendor. Este capa-e-espada é contemporâneo de “Peter Pan”, de Walt Disney, “Os 5.000 dedos do Dr. T”, de Stanley Kramer, e “Luzes da ribalta”, de Charles Chaplin, obras-primas. Mas são poucas as obras-primas de Hollywood e seu cinema cheio de clichês.
O fato é que a mim não despertou qualquer interesse o drama envolvendo o agente secreto Brian Hawke, interpretado por um Errol Flynn pouco convincente, que atua de forma zombeteira até quando leva chicotadas. Nada ali convence, a não ser a interpretação de Anthony Quinn como o pirata Roc Brasiliano, o vilão da história. Mas o mocinho e a mocinha (Prudence) são tão antipáticos que a vontade foi torcer pelo vilão, mesmo sabendo que ele iria perder no final.
Maureen O”Hara, que interpreta a pernóstica capitã pirata, não me parece tão bonita como se diz, e sua personagem é raivosa e ambígua.
Hawke finge ser um fora-da-lei para se infiltrar entre os piratas e frustrar os seus planos, mas ele e a pirata Prudence se apaixonam. Aliás a história deriva um pouco para a superioridade masculina, que levará Prudence a ficar com ele mesmo sabendo que é um espião da Inglaterra.
Quanto à princesa hindu, causa espécie que suas damas de companhia sejam vendidas como escravas sem que isso importe muito.
A luta generalizada do final é inverossímil, quando os “mocinhos” ganham em toda a linha, para forçar o final feliz, quando na vida real Prudence provavelmente seria enforcada ao se apresentar com Hawke no mundo legal.
Rio de Janeiro, 7 de junho de 2021.
FILME DE PIRATARIA
Miguel Carqueija
Resenha do filme “Contra todas as bandeiras”. Universal, EUA, 1952. Produção: Howard Christie. Direção: George Sherman e Douglas Sirk. Roteiro: Eneas MacKenzie, Joseph Hoffman. Música: Hans J. Salter. Fotografia: Russell Metty.
Elenco:
Errol Flynn.......................Brian Hawke
Maureen O”Hara............Prudence “Spitfire” Stevens
Anthony Quinn...............Roc Brasiliano
Alice Kelley.....................Princesa Patma
Mildred Natwick.............Molvina Mac Gregor
Robert Natwick...............Capitão Kidd
Apesar do elenco de estrelas é mais uma obra medíocre de Hollywood, ainda no seu esplendor. Este capa-e-espada é contemporâneo de “Peter Pan”, de Walt Disney, “Os 5.000 dedos do Dr. T”, de Stanley Kramer, e “Luzes da ribalta”, de Charles Chaplin, obras-primas. Mas são poucas as obras-primas de Hollywood e seu cinema cheio de clichês.
O fato é que a mim não despertou qualquer interesse o drama envolvendo o agente secreto Brian Hawke, interpretado por um Errol Flynn pouco convincente, que atua de forma zombeteira até quando leva chicotadas. Nada ali convence, a não ser a interpretação de Anthony Quinn como o pirata Roc Brasiliano, o vilão da história. Mas o mocinho e a mocinha (Prudence) são tão antipáticos que a vontade foi torcer pelo vilão, mesmo sabendo que ele iria perder no final.
Maureen O”Hara, que interpreta a pernóstica capitã pirata, não me parece tão bonita como se diz, e sua personagem é raivosa e ambígua.
Hawke finge ser um fora-da-lei para se infiltrar entre os piratas e frustrar os seus planos, mas ele e a pirata Prudence se apaixonam. Aliás a história deriva um pouco para a superioridade masculina, que levará Prudence a ficar com ele mesmo sabendo que é um espião da Inglaterra.
Quanto à princesa hindu, causa espécie que suas damas de companhia sejam vendidas como escravas sem que isso importe muito.
A luta generalizada do final é inverossímil, quando os “mocinhos” ganham em toda a linha, para forçar o final feliz, quando na vida real Prudence provavelmente seria enforcada ao se apresentar com Hawke no mundo legal.
Rio de Janeiro, 7 de junho de 2021.