A revolução de Al Pacino

Produção: Irwin Winkler, Chris Bert. Direção: Hugh Hudson. Roteiro: Robert Dillon e Robert A. Dillon. Goldcrest Films, Reino Unido/EUA/Noruega, 1985, 125 minutos. Música: John Corigliano. Fotografia: Bernard Leutic. Elenco: Al Pacino (Tom Dobb), Donald Sutherland (Sgt. Maj. Peasy), Nastassja Kinski (Daisy Mc Connahay), Dexter Fletcher (Nedd Dobb), Sid Owen (idem, mais jovem).

Mostrando um drama humano em meio à Revolução Norte-americana (na verdade, guerra de independência), "Revolution", mesmo tentando passar uma mensagem, é cansativo e enfadonho, prejudicado por uma fotografia escura. Al Pacino interpreta um cidadão americano analfabeto que só quer cuidar da sua vida mas que é forçado a lutar contra os ingleses junto com o filho adolescente. Da mãe do garoto nem se fala, Tom Dobb deve ser viúvo.
A personagem Daisy, jovem aristocrata que, contrariando a mãe, não quer compactuar com os ingleses, participa da revolta e acaba interessada em Tom, personagem meio apático mas que tenta fazer o melhor.
Há muita crueldade da parte dos ingleses. Em geral, numa guerra, todas as partes se mostram cruéis.
Não sou apreciador de filmes de guerra mas esse, certamente, estaria melhor com uma narração e até mapas, para informar melhor os aspectos histórico-geograficos, e uma fotografia mais clara e menos esverdeada. Isso além do enredo meio confuso.
A atuação de Al Pacino não chega a ser ruim mas a melhor é a de Nastassja Kinski, que a meu ver consegue passar a imagem de mulher que joga a sua juventude para defender a pátria.

Rio de Janeiro, 5 de setembro de 2021.