Liberation - filme 3 - Direction of the Main Blow (1970) - direção: Yuri Ozerov

Em Teerã, estão reunidos, para discutir os destinos do mundo, os três líderes dos Aliados, Roosevelt (S. Jaśkiewicz), Churchill (Y. Durov) e Stálin (Bukhuti Zakariadze). E o presidente americano propõe a abertura de uma frente de batalha, no norte da França, o que não desagrada os outros dois líderes. Na Túrquia, um agente nazista, infiltrado na embaixada britânica, fotografa um documento secreto cujo teor é a declaração das intenções dos Aliados de avançarem em Normandia, a segunda frente decidida, em Teerã, pelos três líderes que antagonizavam Hitler. Hitler (Fritz Diez), com as fotos em mãos, após lhe decifrarem o teor do documento dos Aliados, mostra-se desconfiado acerca da substância do documento; para ele, Churchill, um mestre da desinformação, pretendia engabelá-lo, pois, acreditava, jamais iriam os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Rússia atacar a Alemanha pelo norte da França.

Os soviéticos dão início à Operação Bagration. E avançam, contra as tropas nazistas, pela Bielorússia e Ucrânia. Coordenam tal operação Zhukov (M. Ulyanov), Bagramyan (V. Karen), Konev (Y. Legkov), Rokossovsky (V. Davydov), Chernyakhovsky (Y. Kolchinsky), Vasilevsky (Y. Burenkov), Meretskov (V. Kostenko), os principais personagens envolvidos no planejamento de operação tão grandiosa, que resulta em vitórias incontestáveis.

E para seu desgosto, e contrariedade, Hitler vem a saber que era verdadeiro o documento que o nazista (agente seu infiltrado na embaixada britânica na Túrquia) enviara-lhe.

Impressionantes, as cenas das batalhas no pântano. Aliás, são impressionantes, deslumbrantes, encantadoras, neste filme, todas as cenas de batalhas; cenas de impacto a exibirem poderosas, devastadoras, assassinas, máquinas de destruição, em vastos panoramas, mas exibidas com tal arte e maestria que quem ao filme assiste esquece qual é o tema delas, cenas retratadas tão vivamente, que, em vez de provocar espanto, repulsa, encanta, fascina, deslumbra. Além dos tanques e outros veículos em terra, que se digladiam, nos céus, pilotos franceses e russos emulam seus equivalentes alemães. É o destaque deste episódio um piloto francês. E os soviéticos ocupam Potolski, Minsk e outras cidades. E seguem avançando em direção à Polônia. Há uma pausa na exibição de cenas de batalhas. E dá-se uma cena idílica entre Sergey Tsvetayev (N. Olyalin) e Zoya (L. Golubkina), cena que se encerra abruptamente.

Enquanto os soviéticos conquistam terreno no campo de batalha, na Alemanha membros do alto comando militar nazista planejam a morte de Hitler: a famosa Operação Valquíria, que falha fragorosamente. Participam da conspiração, tendo em mente estabelecer a paz com os Aliados, Herr von Kluge (H. Hasse), von Witzleben (O. Dierichs), Beck (W. Wieland), Carl Goerdeler, Friedrich Ollbricht (W. Ortmann), Werner von Haeften (E. Stecher), e Claus von Stauffenberg (A. Struwe), que ficou encarregado de levar a mala com a bomba até onde se encontrava Adolf Hitler. A bomba explode. Fere-se Hitler, que vê em sua sobrevida um milagre, um sinal alvissareiro, que lhe inspira ânimo em sua fúria bélica, demoníaca. E é o destino dos conspiradores trágico. E entra em cena Guderian (H. Körbs). E os russos chegam à Polônia.

Não pretendo, nesta resenha, e não pretendi nas duas anteriores, e não pretenderei nas duas que irei escrever, dar o teor completo do filme. O filme tem mais, muito mais, do que o que escrevi; é maior do que eu poderia descrevê-lo. E tenho de repetir: as cenas das batalhas são deslumbrantes; os cenários, amplos, vastos, panorâmicos, magníficos. É impossível não se deslumbrar com o cenário, não se embasbacar com o que o filme oferece. Não sei dizer qual cena mais me impressionou.

... e a guerra continua...

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 24/10/2021
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