Liberation - filme 4 - The Battle for Berlin (1971) - direção: Yuri Ozerov

E as tropas americanas avançam pelo norte da França - assistem à tela Stálin (Bukhuti Zakariadze) e Antonov (V. Strzhelchik). Incomoda Stálin o avanço dos americanos, que poderiam chegar, antes dos russos, a Berlim. Os russos conquistam terreno pelas frentes de combate na Bielorússia e na Ucrânia, sob comando de Zhukov (M. Ulyanov), Rokossovsky (V. Davydov), Orlov (B. Seidenberg), Katukov (K. Zabelin), Sokovsky (M. Postnikov), Rudenko (L. Presnetsov), Oriol, Galadzhev (L. Davlatov) e Malinin (G. Mikhailov). Em uma reunião, num salão suntuoso, ataviado com mobílias e lustre e estátuas e armaduras e vitrais, após ouvir o que tinha para lhe dizerem os generais, Zhukov dispensa-os e, pensativo, senta-se em uma cadeira e toca algumas notas num acordeão. Temiam os russos Guderian. E Zhukov e Katukov dedicam-se a pensar o que ele talvez pensava, prever-lhe os próximos passos e a ele anticiparem-se.

Enquanto os soviéticos conquistavam terreno, já entrados na cidade de Warsaw, na Alemanha anunciam os comandantes nazistas para Hitler que Eisenhower lhe sugeria armísticio de cem dias, e que as tropas alemães, derrotadas em várias batalhas, abandonaram posições. Hitler (Fritz Diez), de início abatido com as notícias, transtorna-se; e seu humor melhora ao ouvir de Guderian (H. Körbs) a sugestão de contra-atacarem os soviéticos na Pomerânia. E Keitel (G. M. Henneberg), Himmler (E. Thiede) e Wolff (J. Klose) articulam negociação com Dulles, em prejuízo da União Soviética. Na Suiça, palestram Wolff e Dulles; são ambos insinuantes; e a conversa amigável deles ambos chega ao conhecimento de Stálin (Bukhuti Zakariadze), que, em Yalta, no encontro com Roosevelt (S. Jaśkiewicz) e Churchill (Y. Durov), (a foto de tal encontro é uma das mais populares da Segunda Guerra), exibiu-lhes uma fotografia com a estampa de Wolff e Dulles e falou-lhes da desconfiança entre os três líderes Aliados. Sabia Stálin que estavam os soldados russos a sessenta quilômetros de Berlim, e os americanos a seiscentos. Assim que Stálin se levanta e se afasta dos seus dois interlocutores, o primeiro-ministro da Inglaterra diz ao presidente dos Estados Unidos que Stálin representaria uma ameaça a eles.

Em meio à guerra, um episódio animado, divertido; protagonizaram-lo Dorozhkin (. V. Nosik) e um soldado polonês, ambos a procurarem combustível para os tanques soviéticos; encontraram um vagão cheio de combustível, e dois vagões repletos de prisioneiros, no primeiro que abriram, mulheres, no segundo, homens. E são Dorozhkin e Vasiliev (Y. Kamorny) os protagonistas de um cena sensível, coadjuvando-os um casal e duas moças jovens e bonitas, animada por um leve toque de humor, discreto, acanhado.

E eu não poderia deixar de mencionar uma cena: a de Adolf Hitler com um globo terrestre. Ao vê-la, evoquei, de imediato, a hilária caricatura do líder nazista feita por Charles Chaplin.

Ao saber que os soviéticos haviam derrotado os alemães na Hungria e na Pomerânia, Hitler enfurece-se, desanca Dietrich, remove-lhe da farda as condecorações, e em seguida repreende Guderian. E a notícia da morte de Roosevelt alegra-o. E desce Hitler ao bunker - ao seu lado estão, além de outros, Eva Braun (A. Waller), Goebbels (H. Giese) e Magda Goebbels (Y. Dioshi). E comemoram o quinquagésimo aniversário do líder nazista.

E os russos cercam Berlim.

Há, neste The Battle for Berlin, menos cenas grandiosas do que nos três filmes anteriores, o que não o faz, na comparação com eles, menos interessante e espetular e admirável.

... e a guerra continua...

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 25/10/2021
Código do texto: T7370967
Classificação de conteúdo: seguro