Hansel e Gretel

HANSEL E GRETEL

Miguel Carqueija

 

Resenha do filme “Hansel and Gretel”, do seriado “Faerie tale theatre” ou “Teatro dos contos de fadas”. Gaylord Production Company, Lions gate Films e Platyplus Productions, EUA, 1982. Produção executiva e apresentação: Shelley Duval. Produção: Jonathan Taplin. Roteiro: Patricia Resnick. Direção: James Frawley. Música: Lennie Niehaus. 48 minutos.

 

Caprichada produção de média-metragem do conto de fadas dos Irmãos Grim, com a apresentação da atriz e produtora Shelley Duvall. Todo mundo conhece em essência a dramática história de Hansel e Gretel (ou como são conhecidos no Brasil, João e Maria), duas crianças irmãs, filhas de um lenhador (Paul Dooley) muito pobre. A madrasta, que odeia as crianças, convence o marido a abandoná-las na floresta, já que todo mundo passava fome. Isso é feito e fracassa o truque do garoto de espalhar migalhas de pão para marcar o caminho, pois os pombos comeram tudo. E acabam chegando na casa da bruxa, que é feita de doces. Eles comem pedaços da casa mas a bruxa logo os captura, resolvida a comer o garoto, como ela costumava fazer com crianças.

A narrativa é sóbria e foca muito na amizade entre irmão e irmã, como Hansel (Rick Schroder) protege a irmã mais nova. Aliás a interpretação das duas crianças — e Bridgette Anderson, no papel de Gretel, era estreante — é singela e convincente. Joan Collins, como a madrasta e a bruxa (ambas más) está ótima e mostra ser uma atriz e tanto.

Só me pareceu mal explicada a morte da madrasta. A fuga dos dois irmãos, graças ao audacioso truque de Gretel (empurrando a bruxa para morrer na fornalha) convence; o que não convence é o casal se tratar por “marido” e “esposa” em vez de usar os nomes respectivos. No cômputo geral, porém, uma ótima obra para o público infantil.

 

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2022.